Após a votação, realizada no Auditório Municipal Charlot, a decisão final sobre a admissão do plano ou liquidação do clube setubalense fica adiada para a próxima assembleia de credores, que não terá lugar antes de meados de setembro.
Depois de, na segunda-feira, 81,4% dos credores da SAD terem votado favoravelmente a admissão do plano de recuperação, foi agora a vez de os credores do clube, desde a Parvalorem aos trabalhadores, passando pelo Instituto de Segurança Social e Autoridade Tributária (AT), responderem de forma afirmativa.
Fernando Jacob, procurador do Ministério Público (MP) e representante da AT na sessão, salientou que a emissão do voto a favor da admissão do plano "não é nenhum compromisso de votação futura", afirmação que o representante do MP já tinha feito na segunda-feira, aquando da votação do plano de recuperação da SAD.
A situação das duas entidades (clube e SAD) apresenta valores distintos. O clube tem uma dívida de 21,3 milhões, conforme informou esta manhã a juíza Elsa Abrantes, enquanto a da Sociedade Anónima Desportiva ascende a 40 milhões de euros.
No final da assembleia de credores, Carlos Silva, presidente do Vitória de Setúbal, comentou o facto de se ter registado 100% de votos favoráveis à apreciação e votação do plano de recuperação.
"Foi uma votação unânime, que reflete as intenções dos credores do Vitória. É claro que até à votação do plano ainda algumas coisas têm de ser corrigidas e melhoradas, principalmente pela dificuldade que poderemos ter com os credores principais, nomeadamente a Autoridade Tributária", admitiu.