Yves Baraye é um nome com larga ligação ao futebol português. Após passagens por Gil Vicente e B SAD, o jogador senegalês, de 32 anos, regressou a Portugal na época passada para representar o Marítimo. No entanto, nem tudo correu bem.
Baraye cumpriu apenas seis encontros pelo clube insular e rescindiu o contrato que o ligava ao Marítimo por mais uma temporada. Em declarações prestadas pela sua assessoria de imprensa, o jogador explicou a decisão de deixar o emblema sediado no Funchal.
"Vim para o Marítimo com muita expectativas. Tinha feito uma boa época no Vojvodina e queria voltar a Portugal e dar seguimento aos trabalhos no Gil Vicente e BSAD. Infelizmente, joguei muito menos do que aquilo que estava à espera mas retirei sempre algumas aprendizagens no final do dia. Não guardo qualquer rancores. Existiram algumas mudanças no clube e senti que as pessoas tinham um projeto diferente. Ao longo da época passada mantive-me a treinar com respeito pelo clube e sempre a dar tudo o que tinha. Faço votos de que o Marítimo possa subir à 1a já na próxima época. É um grande do futebol português", começou por dizer Baraye.
O atleta recordou ainda as passagens por Gil Vicente e B SAD.
"Tive experiências diferentes em contextos diferentes mas sinto que, nas duas, consegui obter um grande rendimento. Fui feliz no Gil Vicente e na B SAD só pecou pela descida de divisão. Gostava de poder continuar em Portugal", ressaltou.
Baraye conta também com larga experiência no futebol italiano, destacando-se a passagem pelo Parma.
"Guardo ótimas recordações do Parma. É um histórico do futebol italiano. Foram as épocas mais felizes da minha carreira e foi fenomenal participar naquela reconstrução do clube. Sinto que as pessoas ainda gostam muito de mim na cidade. Deixei lá a minha marca e sempre que lá vou as pessoas dão-me muito carinho. Subi de divisão com o Parma desde a série D até à Série A. São poucos os clubes que têm aquela dimensão em Itália. Não é fácil fazer o que fizemos", frisou.
Livre para se comprometer com outro clube, Baraye tem bem definido o que quer fazer no seu próximo passo.
"Aos 32 anos, sinto que ainda posso acrescentar muito em Portugal ou onde quer que seja. Sinto-me bem fisicamente e consigo ser mais inteligente a ler o jogo e a ajudar os meus colegas. Quero poder ter um projeto onde possa desfrutar do jogo e voltar a ter confiança para fazer o meu jogo. É importante perceber que, do ponto de vista físico, estou apto e com muita fome de continuar a vencer e a dar alegrias às pessoas. Estou ansioso para ter uma nova experiência", finalizou.
Leia Também: Marítimo e Yves Baraye chegam a acordo para rescisão de contrato