Sebastián Coates concedeu uma longa entrevista aos canais oficiais do Sporting, divulgada esta quinta-feira, em torno da sua saída do clube de Alvalade ao fim de nove temporadas ininterruptas, a caminho do Nacional de Montevidéu. O experiente defesa uruguaio enalteceu o estatuto de capitão que teve ao serviço dos leões, recordou as conquistas dos dois campeonatos às ordens de Rúben Amorim e ainda deixou uma mensagem aos adeptos, falando de uma "decisão difícil" e que ainda mexe consigo.
"Neste período desde que soube que ia sair, tentei não estar tanto na rua e afastar-me um pouco das emoções que muitos podem ter. É uma decisão difícil para mim e mexe comigo. Espero aproveitar no dia 27, vai ser um jogo muito emocionante e difícil para mim", começou por dizer, antes de falar sobre a mais recente festa no Marquês de Pombal.
"Quando chegámos aqui ao estádio, onde fizemos um jantar com as nossas famílias, já estávamos a sentir que ia dar. Alguns queriam que não fosse logo porque queriam ser campeões com os adeptos e em campo, mas para mim o melhor era ser campeão. Não importava o dia. A maior diferença para 2020/2021 foi isso. Em 2021 havia muita gente na rua tendo em conta o contexto em que estávamos, mas faltavam muitas outras pessoas. Este ano não tivemos de ter cuidado e aproveitámos muito. Chegar ao Marquês e ver os adeptos. Ninguém vai esquecer isso", atirou de seguida.
"Capitão? Foi um orgulho enorme. Não sou português, sou um estrangeiro que chegou a um clube gigante em Portugal. Foi também um sinal de que a equipa confiou em mim e é uma responsabilidade linda. Gosto desse tipo de responsabilidade, de ajudar algum companheiro quando precisa. Foi sempre um orgulho ajudar os meus companheiros, usando ou não a braçadeira", admitiu o central uruguaio, que deixou ainda uma forte mensagem aos sportinguistas.
"Não há muito para dizer para além de obrigado. Obrigado a todos. Quando as coisas não me correram bem sempre recebi o apoio deles. Digo sempre aos meus amigos do Uruguai que nunca tinha estado num clube onde o objetivo maior foi falhado durante quase 20 anos e os adeptos sempre nos apoiaram e acreditaram nas equipas. Não há muitos lugares onde se veja isso", completou.
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