Dois dias depois de ter sido conhecido o castigo, o Canadá apresentou o recurso junto do TAS e o veredicto deverá ser conhecido até quarta-feira, dia em que as canadianas enfrentam a Colômbia para a terceira ronda do Grupo A, no qual têm zero pontos.
O Comité Olímpico Canadiano e a Federação Canadiana de Futebol decidiram apelar da dedução automática de seis pontos imposta pela FIFA à seleção feminina, por acreditarem que o recurso "pune injustamente as jogadoras".
"O recurso baseia-se na desproporcionalidade da sanção, que acreditamos punir injustamente os atletas por ações nas quais elas não participaram e vai muito além de restaurar a equidade na partida contra a Nova Zelândia", pode ler-se na nota divulgada hoje pelos dois organismos.
Além da penalização desportiva, que pode colocar em risco o apuramento da detentora do troféu para os quartos de final, a FIFA suspendeu por um ano a treinadora Bev Priestman, campeã olímpica em Tóquio2020 e já afastada pelo Comité Olímpico Canadiano até ao fim da XXXIII edição dos Jogos.
O organismo regulador do futebol mundial considerou que a utilização de drones por parte da técnica adjunta Jasmine Mander e do analista Joseph Lombardi -- igualmente suspensos por um ano -- para espiar um treino da Nova Zelândia representa "um comportamento ofensivo e uma violação dos princípios do fair-play".
Já sem a presença de Priestman no banco de suplentes, substituída pelo treinador adjunto Andy Spence, o Canadá venceu a Nova Zelândia, por 2-1, na primeira jornada do Grupo A do torneio olímpico, e a França por igual resultado, na segunda ronda.
Nesta altura, a Colômbia lidera a 'poule' com três pontos, os mesmos da França, enquanto Canadá e Nova Zelândia estão a zero.
Apesar de ficar em posição muito fragilizada para continuar a defender o título conquistado na capital japonesa, o Canadá pode beneficiar do facto de dois dos três melhores terceiros classificados se apurarem para os quartos de final.
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