A 'b-girl' australiana Rachael Gunn quebrou o silêncio na noite de quinta-feira, através de um vídeo nas redes sociais, no qual lamenta as mensagens de ódio de que tem sido alvo após participar nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A atleta de breaking, modalidade que fez a estreia nestes JO e que não estará presente nos próximos, em Los Angeles, respondeu, também, a quem a acusa de não levar a modalidade a sério.
"Quero começar por agradecer a todas as pessoas que me apoiaram. De facto, aprecio a positividade. Estou contente que pude trazer alguma alegria para as suas vidas, isso era o que eu esperava. Mas eu não esperava que isso também abriria portas a tanto ódio, o que é, francamente, devastador", começou por dizer Rachael Gunn, prosseguindo.
"Fui lá para me divertir. Levei muito a sério, dediquei-me muito à minha preparação para os JO e eu dei o meu máximo. Estou honrada por ter feito parte da Equipa Olímpica da Austrália e da estreia olímpica do breaking. O que todos os atletas conquistaram foi fenomenal", rematou a atleta australiana.
Refira-se que o vídeo da atuação de Rachael Gunn em Paris tornou-se viral nas redes sociais e muitos ridiculizaram a australiana, tendo, inclusive, sido criada uma petição para que esta fosse punida. Muitos dos assinantes, todos eles anónimos, acusam Gunn de ter burlado o sistema de qualificação para os JO, sendo que o Comité Olímpico Australiano já reagiu.
"O Comité Olímpico Australiano condena a petição online e anónima que ataca a competidora do breaking Rachel Gunn de forma enganosa e praticando bullying. O CEO do comité, Sr. Caroll, afirma que a petição contém inúmeras informações falsas propagadas para apenas destilar ódio contra uma atleta que foi selecionada para representar o Comité Olímpico Australiano de forma transparente", podia ler-se no comunicado do Comité australiano.
Leia Também: Ginasta norte-americana quebra silêncio após perder medalha de bronze