O Sporting assinou, na tarde de sábado, um autêntico passeio na ilha da Madeira, 'despachando' o Nacional (6-1), em jogo da 2.ª jornada da I Liga. Os leões estavam obrigados a ganhar depois de o FC Porto ter vencido, na véspera, nos Açores, mas a primeira parte não deixou pistas para aquilo que acabaria por suceder no segundo tempo.
Depois de três golos nos primeiros 45 minutos, registaram-se outros quatros na segunda metade do jogo, pese embora todos para a mesma baliza, com o Sporting a não dar qualquer margem aos recém-promovidos insulares.
Pedro Gonçalves havia aberto o marcador, antes de Gyokeres e Trincão bisarem, ao passo que Daniel Bragança, a novidade promovida por Rúben Amorim no onze, também fez o gosto ao pé. Os leões seguem na liderança, com a companhia, pontual, do rival FC Porto.
Vamos aos protagonistas.
A figura
É certo que Pedro Gonçalves apenas marcou um golo, ao contrário de Francisco Trincão e Viktor Gyokeres, que bisaram, mas a importância do médio português no jogo do Sporting é mais do que decisiva. Sabe movimentar-se como poucos e tem um critério indiscutível na hora de entregar a bola. Exibição de mão cheia para o camisola 8 dos leões.
A surpresa
Aos dias de hoje substituir um jogador como Morten Hjulmand, mas Daniel Bragança passou o teste na Madeira com distinção, conseguindo aliar uma boa exibição com um belo golo. A saída, anunciada por Rúben Amorim, de Mateus Fernandes também se justifica pelo rendimento de Bragança.
A desilusão
É verdade que o Sporting não facilitou, mas Lucas França não conseguiu ser a última barreira necessária para evitar o descalabro do Nacional. Sofrer seis golos é sinónimo de pesadelo para qualquer guarda-redes.
Os treinadores
Tiago Margarido
O Nacional teve duas caras na tarde de ontem e fica por perceber qual será a versão que mais vezes marcará presença nesta edição da I Liga. A ousadia depressa deu lugar ao excesso de zelo e o pendor ofensivo desenfreado motivou a desorganização defensiva. Há boas ideias implementadas por Tiago Margarido, mas falta alguma maturidade competitiva aos jogadores. O trabalho está em curso.
Rúben Amorim
Amorim decidiu apenas mexer no lugar em que era obrigado, por força da lesão de Hjulmand, e viu a equipa apresentar-se a grande nível, com a ligação entre Gyokeres, Pote e Trincão a dar muitos frutos. A equipa está em crescendo, mas a defesa continua a acusar algumas desconcentrações.
O árbitro
Luís Godinho teve uma tarde tranquila, tirando o lance de grande penalidade, que parece ter decidido da melhor maneira, recebendo sinal verde do VAR.
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