Instantes após o triunfo de Portugal diante de França (4-2) no acesso às 'meias' do Mundial de hóquei em patins, o selecionador Paulo Freitas analisou as dificuldades sentidas durante o encontro e confessou ter estado tranquilo quando a seleção gaulesa dispôs de um livre direto a 33 segundos do fim, numa altura em que o marcador assinalava 3-2.
"Nós sabíamos que França nos ia colocar muitas dificuldades. É uma excelente equipa, constituída por excelentes jogadores, com uma dimensão diferente em termos físicos com a qual não estamos habituados a lidar. Não é por acaso que os quatro jogadores que entram de início na França jogam no campeonato português. Acima de tudo, nós estamos satisfeitos com uma coisa: o resultado. Nós hoje tínhamos de ser – permitam-me a expressão – animais competitivos, dentro das leis do jogo, obviamente, mas tínhamos de passar essa mensagem porque a França é muito assim, e nós tínhamos de igualar esse registo. Satisfeitos porque ganhámos, porque demos mais um passo em frente, porque ganhámos mais uma final. E, acima de tudo, muito confiantes e preparados já para disputar as meias-finais. Queremos obviamente seguir em frente", começou por dizer.
"Livre direto? Estava muito tranquilo, porque também senti que os astros estavam alinhados, hoje de uma forma diferente do jogo com a Argentina [quando Portugal sofreu golo a 12 segundos do fim]. Houve se calhar falta de controlo emocional, depois de estarmos a ganhar 3-1 e em superioridade numérica. Cometemos erros nesse momento do jogo, não podemos fazer faltas estando em superioridade numérica, e depois, como se costuma dizer na gíria, acabámos por nos pôr a jeito", acrescentou de seguida, antes de projetar as 'meias', diante de Espanha.
"Espero uma Espanha diferente, obviamente, da seleção francesa, com um conjunto de dificuldades diferentes, mas também com um conjunto de oportunidades diferentes. Posso dizer-vos que não pensei minimamente na Espanha. O nosso foco tinha que estar neste jogo e eu próprio não me podia dispersar, até pelo respeito que esta equipa [França] merecia. Tenho estado a observar, naturalmente, tenho visto jogos da Espanha, conheço bem a dinâmica do seu treinador, já fomos adversários e já nos defrontámos muitas vezes, conheço a sua mentalidade, a sua forma de jogar. Portanto, a partir de agora, é chegar ao hotel e começar de imediato a trabalhar para passar um conjunto de informação de qualidade aos atletas", completou.
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