Dragão 'envenena' prenda para o Rei. As notas do Vitória SC-FC Porto

Samu Omorodion e Pepê 'destruíram' a muralha de Guimarães poucas horas antes das comemorações do 102.º aniversário do clube vimaranense.

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Miguel Simões
22/09/2024 07:15 ‧ 22/09/2024 por Miguel Simões

Desporto

Análise

Em duelo entre vice-líderes, o FC Porto mostrou a sua força ao derrotar o Vitória SC (0-3), este sábado, na sempre complexa visita a Guimarães, acabando com um presente 'envenenado' para o clube cujo emblema ilustra D. Afonso Henriques, o primeiro Rei de Portugal, à beira das comemorações do 102.º aniversário, este domingo, dia 22 de setembro.

 

Com mais de 26 mil adeptos nas bancadas, a primeira parte foi bem mais 'quentinha' fora das quatro linhas do que dentro de campo, uma vez que não se verificou qualquer remate à baliza, de parte a parte. Ainda assim, os dragões foram ligeiramente superiores, com mais posse de bola e investidas ofensivas.

O arranque supersónico de segundo tempo conduziu o FC Porto à vantagem, com o cabeceamento certeiro do solto Samu Omorodion (47') a desbloquear o nulo e, assim, a abrir o jogo. O Vitória SC passou a arriscar mais, em busca do empate, mas acabou mesmo por sofrer em contra-ataque, aos 58 minutos, com o avançado espanhol a 'desmanchar' a solidez da defesa adversária e a assinar o bis no encontro.

As alterações de Rui Borges e Vítor Bruno foram mantendo o jogo animado, mas à medida que este se aproximava do fim, já se adivinhava que a festa acabasse por ser em tons de azul e branco, algo que ficou confirmado pelo tento sentenciador de Pepê (88'), naquela que foi a segunda assistência de Francisco Moura.

A poucas horas de soprar as velas, o emblema de Guimarães acabou até por sofrer mais golos num jogo (três) do que no total dos 11 jogos anteriores (apenas dois), perante um conjunto azul a branco que soube aproveitar as oportunidades que teve na segunda metade do jogo de cartaz da sexta jornada da I Liga.

Na missão de chegar à liderança, partilhada provisoriamente com o Sporting, sorriu o FC Porto, com 15 pontos em seis jogos, imediatamente à frente do Vitória SC, que divide agora o último lugar do pódio com o Santa Clara, com 12 pontos.

Vamos então às notas da partida:

Figura

Samu Omorodion assume-se, incontornavelmente, como a figura do sólido triunfo do FC Porto. Já depois de um primeiro tempo em que não conseguiu aparecer muito, face à (até então maior) solidez defensiva do Vitória SC, o avançado espanhol passou a ter o espaço que ainda não lhe sido concedido, no segundo tempo, inaugurando o marcador com um cabeceamento (47') e bisando pouco depois, num contra-ataque (58'). Em pouco tempo, o avançado espanhol 'desmanchou' a defesa adversária no seu primeiro jogo como titular às ordens de Vítor Bruno.

Surpresa

Zé Pedro ocupou o lugar de Otávio Ataíde, ao lado de Neuhén Pérez, e pode-se dizer que não desiludiu. Bem pelo contrário. O defesa português 'limpou' grande parte dos lances que se poderiam ter traduzido em maior perigo para as luvas de Diogo Costa, além de ter estado perto de abrir o ativo, ainda dentro do primeiro tempo, na sequência de uma bola parada. No que toca a duelos aéreos, Zé Pedro foi imperial e apenas vacilou em alguns passes na saída para o ataque.

Desilusão

Bruno Gaspar não teve um final de tarde em Guimarães. Habituado a ser decisivo pela positiva, o ex-Benfica não teve a melhor das abordagens em nenhum dos golos do FC Porto, sendo que o lance que terá saltado mais à vista foi a abordagem ao cabeceamento de Samu, junto à pequena área, no desbloqueio do nulo no Estádio D. Afonso Henriques. Em esforço no capítulo ofensivo, o defesa-direito ainda testou a sua sorte num ou noutro cruzamento, mas as coisas raras vezes saíram bem à equipa de Rui Borges.

Treinadores

Rui Borges foi 'forçado' a mexer novamente na defesa, face à troca do lesionado Mikel Villanueva por Tomás Ribeiro, num jogo em que a expectativa em torno do setor mais recuado dos vimaranenses era grande (dois golos concedidos em 11 jogos). No entanto, já depois de um primeiro tempo pobre na vertente ofensiva, seguiu-se uma segunda parte em que a tal solidez defensiva ruiu por completo, sendo que nem as mexidas depois dos primeiros dois golos foram suficientes para inverter o rumo dos acontecimentos.

Vítor Bruno foi pragmático (e paciente) na abordagem ao jogo. Apesar da elevada posse bola ao intervalo, o FC Porto produziu pouco e o 'recado' em tempo de descanso terá mudado tudo, de tal forma que, logo no arranque do segundo tempo, surgiu o tão desejado golo. Seria uma questão de tempo até aparecerem mais dois motivos de festejo, com mexidas estratégicas pelo meio para refrescar o ataque e solidificar o meio-campo, face às alterações que iam surgindo do lado do Vitória SC.

Árbitro

Fábio Veríssimo protagonizou uma arbitragem globalmente consistente, embora tenha irritado o público de Guimarães com três amarelos mostrados a jogadores do Vitória em apenas dez minutos, dois dos quais a Bruno Varela e Tiago Silva, devido a protestos. As queixas dos vimaranenses em torno de um braço na bola de João Mário na grande área (57', com 0-1 no marcador), não foram acompanhadas por qualquer intervenção do VAR, numa partida que não contou com mais casos passíveis de discussão

Leia Também: Samu 'desmancha' muralha do Vitória SC e FC Porto cola-se ao Sporting

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