À margem do 'Sports Stage' do SBC Summit, em Lisboa, Peter Schmeichel, antigo guarda-redes do Sporting, foi desafiado a recordar a sua passagem de sucesso pelo emblema de Alvalade, entre 1999 e 2001, dando conta de um sentimento de "absoluto caos" ao início, tornando-se algo "fantástico" mais tarde, para além dos elogios deixados ao atual plantel, às ordens de Rúben Amorim.
"A minha primeira lembrança do Sporting é o caos. Absoluto caos. Querer fazer muita coisa, mas não fazê-la da maneira certa. Lembro-me da frase que foi usada no meu primeiro encontro com o presidente: 'queremos ser profissionais'. A forma que acharam para isso foi ter pessoas que eles achavam que eram profissionais. E foi um caos. Foi tão diferente do que eu estava acostumado… Isso durou quatro jogos. Depois, a estrutura do futebol, incluindo treinador, foram todos embora. Luís Duque entrou, tomou o controlo e Augusto Inácio entrou como treinador. E desde aquele momento foi absolutamente fantástico", começou por recordar, em entrevista ao jornal A Bola, publicada na edição impressa deste sábado.
"Eu diverti-me mesmo, mesmo muito. Fui embora após dois anos e houve muitas razões para isso. Uma delas foi o novo centro de estágios, que era demasiado longe [vivia em Birre, Cascais]. Demorar uma hora e meia, cada manhã, para chegar lá... Isso foi uma grande coisa para mim. E depois sentia falta de jogar em Inglaterra (...) Tive um bom tempo aqui. Cresci a amar o clube, as pessoas ao meu redor e muitos colegas com que joguei continuaram no Sporting. Mantive o contacto com eles", acrescentou de seguida.
"Não estou cá regularmente para ser uma parte importante do clube, mas sigo os resultados, e, claro, o que estão a fazer agora é incrível. Jogam muito bom futebol. E é, claro, com ajuda dos meus compatriotas dinamarqueses. É só trazer jogadores da Dinamarca e tudo correrá bem", brincou, numa altura em que o plantel do Sporting conta com o capitão Morten Hjulmand e ainda o reforço Conrad Harder.
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