Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, concedeu esta segunda-feira uma entrevista à TVI, na qual falou sobre as acusações que o Ministério Público fez no caso dos e-mails e que acabaram por ilibar o atual presidente encarnado Rui Costa.
"Eu acho que estas acusações de coisas que não vão dar nada... Mesmo contra o Luís Filipe Vieira? Sim, aquelas que não vão dar nada, foi para tapar os olhos com a peneira, porque, entretanto, foram arquivadas coisas, como, por exemplo, telefonemas de um empresário a tentar subornar jogadores para perderem um jogo contra o Benfica, em que há chamadas... Isso foi arquivado. Portanto, eu penso que foi uma maneira inteligente de arquivar coisas graves e ninguém falar disso", começou por dizer Pinto da Costa.
Na mesma entrevista, o ex-presidente do FC Porto revelou a já divulgada lista de pessoas que não gostaria de ter no seu funeral. Pinto da Costa confessa que não gostaria de contar com a presença de Luís Filipe Vieira.
"Luís Filipe Vieira nem está nos que eu não quero [no funeral], mas julgo que ele não virá, por uma questão de bom senso. Penso que estará lá muita gente do FC Porto que não esquece certas coisas. Não seria bom se ele viesse", frisou, algo que muda de figura quando se fala de Frederico Varandas.
"Presidentes de outros clubes de maneira geral não vejo com maus olhos, com alguns tenho mesmo amizade, mas está a falar do Varandas… É óbvio que o presidente do Sporting não terá vontade de vir, mesmo que tivesse, só para ver que eu estava mesmo lá, teria bom senso de não vir. Rui Costa? Não tenho nenhuma razão para querer que esteja ou não. Se quiser ir, compreendo", ressaltou.
Pinto da Costa recordou o momento em que soube que tinha um tumor, em setembro de 2021 e falou sobre o tempo de vida que lhe resta.
"No dia 8 de setembro de 2021, estava a fazer exames médicos… e o médico não me dizia nada. Achei que, com tantos exames, já devia ter alguma coisa grave. Disse-lhe: “Vamos acabar com isto, quero saber o que é que tenho”. O médico, que é meu amigo, respondeu que o tumor era maligno. Fiquei chocado, sem saber o que pensar ou fazer. Refleti durante o dia e, à noite, escrevi para mim, não para publicar. Depois surgiu a oportunidade, souberam que tinha isso e acharam interessante. Escrevi tudo à mão. À noite, escrevi o que sentia, como encarava isso e como queria seguir a vida com a máxima normalidade, sem perturbar ninguém", referiu o antigo dirigente portista.
"Deram dois ou três anos. Já passaram três anos, já passei essa meta. Espero ter tempo para escrever outro livro", retorquiu.
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