O livro 'Azul até ao fim', de Jorge Nuno Pinto da Costa, só será apresentado no próximo domingo, mas, esta segunda-feira, foi tornado público mais um trecho, no qual o antigo presidente do FC Porto aborda, diretamente, as dificuldades financeiras do clube.
O histórico dirigente (que, no passado mês de abril, perdeu as eleições para André Villas-Boas) assume o arrependimento em ter contratado, especificamente, dois jogadores. Foram eles Shoya Nakajima (ao Al-Duhail, a troco de 12 milhões de euros) e Zé Luís (ao Spartak Moscovo, por 8,5 milhões de euros).
"Ficámos, a dois dias do prazo dado pela UEFA, num dilema. Ou vendíamos o passe dum jogador ou não íamos às competições europeias. Esta segunda solução, para mim, era inaceitável. Já tinha avisado os meus colegas que, se tal acontecesse, me demitiria", pode ler-se.
"Expliquei-lhes que não havia outra solução, pois essas dívidas eram fundamentalmente por dois atos de gestão ruinosos - a compra do José Luís e do Nakajima", acrescentou, antes de desvendar que tudo aconteceu por 'culpa' do então treinador, Sérgio Conceição.
"Não servia de desculpa a pressão que o treinador nos fez para a compra desses jogadores, porque os culpados fomos nós em ceder a essa pressão", rematou.
Leia Também: Pinto da Costa e a polémica com o Benfica: "Acusações não darão em casa"