O antigo guarda-redes português Beto Pimparel concedeu, este domingo, uma entrevista ao jornal Diario de Sevilla, na qual, entre outros temas, recordou a final da Liga Europa de 2014 que os espanhóis ganharam frente ao Benfica em Turim.
O encontro ficou marcado por um momento que deu que falar na altura e continua a ser tema entre os adeptos do Benfica nos dias que correm. Em causa está o desempate por penáltis, onde os sevilhanos levaram a melhor diante dos encarnados.
"A final em Turim foi um jogo muito especial. Joguei contra o meu eterno rival, porque joguei no Sporting de Braga, no FC Porto e no Sporting. Os eternos rivais. Essa final teve esse ingrediente especial para mim. Foi nessa altura que dei literalmente um passo em frente. O prazo de prescrição tinha expirado", começou por dizer Beto, que esteve no Algarve para o encontro de casas do clube da Andaluzia.
"O Benfica tinha acabado de perder a final do ano anterior contra o Chelsea aos 92 minutos e no ano seguinte contra nós [Sevilla nos penáltis. Sendo um português a defender o penálti e, é verdade que estava um pouco à frente da linha, sim. Nesse verão passei um mau bocado com a família a festejar o título. Na praia, recebi muitas ameaças, tanto a mim como à minha família. Passei um mau bocado. Até a polícia teve de ir comigo para a praia nesse verão... um filme", prosseguiu.
"Por onde passei, tentei sempre deixar a minha marca e penso que o fiz. Posso ter feito melhor ou pior em alguns jogos, mas o sevilhismo reconhece-me por ter deixado tudo o que tinha. Joguei com agrafos, com pontos, com sangue, com um ombro deslocado, com ossos partidos... Joguei em todas as condições possíveis pelo Sevilha. É a minha cumplicidade pelo escudo. O escudo está acima de tudo. O sevilhismo está presente na minha vida diariamente. A força que sinto com a minha família não se paga com nada e não se explica com palavras. Sim, sou sevilhista, para além de ser português, com sotaque sevilhano e quase de Triana", finalizou.
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