Quatro jogos, zero vitórias. Depois das derrotas perante Benfica, Lazio e Moreirense, o FC Porto somou, ao final da tarde de quinta-feira, um novo 'deslize', desta feita, ao não ter sido capaz de ir além de um empate a duas bolas, na visita ao Anderlecht.
Um jogo que, desde bem cedo, ficou claro que não seria simples, para a equipa portuguesa. Mais concretamente, desde os... 14 segundos, quando Kasper Dolberg surgiu totalmente isolado, a colocar a bola no fundo das redes à guarda de Diogo Costa. Lance que, no entanto, foi invalidado, por posição irregular.
Aos poucos, os azuis e brancos foram-se reerguendo deste 'susto', de tal maneira que, aos 24 minutos, colocaram-se mesmo na frente, fruto de uma grande penalidade convertida por Wenderson Galeno, após falta de Tristan Degreef sobre Francisco Moura.
Os dragões tinham motivos para 'sonhar' com o final desta crise de resultados, mas uma nova entrada em falso, desta feita, no segundo tempo, custou-lhes caro. Mats Rits atirou ao poste, mas não se deixou abalar, e, aos 52 minutos, assistiu para o golo de Tristan Degreef.
O jogo partiu-se e, ciente da importância do mesmo, Vítor Bruno colocou a 'carne toda no assador', lançando, nomeadamente, em campo Fábio Vieira, que, numa das primeiras vezes em que tocou na bola, fez o gosto ao pé, a passe de Nico González.
Ora, isto foi aos 83 minutos, e a resposta surgiu... aos 86. Os visitantes não souberam aproveitar esta nova vantagem, e viram Francis Amuzu fazer, também ele, o gosto ao pé, para selar, de uma vez por todas, o resultado final, no Lotto Park.
O FC Porto chega, desta maneira, ao fim da quinta jornada da fase de liga da renovada Liga Europa com apenas cinco pontos conquistados, já longe da zona de apuramento direto para os oitavos de final. Já o Anderlecht, surge atrás dos líderes, com 11 pontos.
Figura
O Anderlecht está recheado de jovens de qualidade como Mario Stroeeykens ou Samuel Edozie, mas foi Tristan Degreef quem mais encantou. Na primeira parte, deu um 'ar de sua graça', mas foi na segunda, quando conseguiu ter mais bola, que mostrou, verdadeiramente, o que vale, coroando a boa exibição com um golo importante.
Surpresa
Uma distinção 'agridoce' para Fábio Vieira. O jogador emprestado pelo Arsenal entrou para o lugar de Stephen Eustáquio e, numa das primeiras vezes em que tocou na bola, colocou o FC Porto na frente do marcador. No entanto, a festa durou apenas... três minutos, o tempo necessário para Francis Amuzu lhe 'responder'.
Desilusão
Um final de tarde (muito) complicado por João Mário, que, demasiado suave, viu Mario Stroeeykens e Samuel Edozie fazerem o que bem entenderam, na ala que era sua. Ofensivamente, também não conseguiu acrescentar, pelo que foi sem surpresa que acabou por ser substituído por Martim Fernandes, ao intervalo.
Treinadores
David Hubert: É estranho dizê-lo, mas a verdade é que, ao longo dos 90 minutos, passou sempre a sensação de que este Anderlecht teria apenas de colocar 'uma mudança acima' para 'fazer estragos'. Foi assim, no início da primeira parte, e foi assim, já na segunda, quando procurou provocar erros adversários e chegou ao golo.
Vítor Bruno: O FC Porto continua sem vencer... e muito menos convencer. O treinador procurou povoar o meio-campo, mas perdeu a 'batalha' nas alas, particularmente, na direita, onde, primeiro João Mário, e depois Martim Fernandes, foram constantemente ultrapassados. A atacar, também esteve aquém das expetativas, em parte, devido à constante procura por Samu Aghehowa, que somou decisões erradas.
Árbitro
Jogo recheado de peripécias para Morten Krogh, que começou com o golo (bem) anulado a Kasper Dolberg e 'descambou' em faltas e faltinhas, sem esquecer a grande penalidade (bem) assinalada sobre Francisco Moura, após aviso do VAR. Acabou por descontrolar-se um pouco, do ponto de vista disciplinar, mas, no plano geral, a exibição foi positiva.
Leia Também: Nico desdramatiza empate do FC Porto: "É um bom resultado"