Notas do FC Porto-Casa Pia: Vieira e Samu 'partem bolo' de Vítor Bruno

Um mês depois, dragões regressaram aos triunfos num dia em que o sucessor de Sérgio Conceição comemorou o seu 42.º aniversário.

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Miguel Simões
03/12/2024 06:54 ‧ ontem por Miguel Simões

Desporto

Análise

Um mês depois, o FC Porto voltou a saber o que era acabar um jogo a sorrir, esta segunda-feira, ao derrotar o Casa Pia (2-0), num regresso ao Estádio do Dragão que permitiu a aproximação ao líder Sporting... mas houve mais contornos nesta história de vários capítulos.

 

Fortemente contestado ao longo das últimas semanas (na sequência de três derrotas e um empate), Vítor Bruno voltou a 'casa' para celebrar o seu 42.º aniversário e para ser ele a entregar a prenda aos adeptos do clube da cidade Invicta. O sucesso surgiu a partir da crença no processo, sem ceder a pressões.

Frente a uma equipa que só tinha perdido frente aos campeões nacionais nos últimos dez jogos, os azuis e brancos foram tendo dificuldades em traduzir as várias oportunidades em golo, pelo que o nulo persistiu nos primeiros 45 minutos... perante pouco mais de 30 mil espectadores.

Sem qualquer mexida ao intervalo, Vítor Bruno não tardou em ver a sua equipa festejar os dois golos da vitória de rajada. Aos 51 minutos, Fábio Vieira aproveitou o passe de Samu Aghehowa e tomou a iniciativa de começar a 'partir o bolo' do aniversariante, seguindo-se a 'coroa' final colocada pelo próprio avançado espanhol (55').

Em apenas quatro minutos, o dragão da cidade Invicta mostrou que já não 'Pia'... e cospe fogo, com 30 pontos, em direção à liderança, ocupada pelo campeão Sporting, agora a três pontos de distância. Além disso, no que ao campeonato diz respeito, o triunfo que se seguiu à goleada sofrida na Luz (4-0) permitiu ainda a 'fuga' ao Benfica, com menos dois pontos (e menos um jogo). Já o Casa Pia segue no décimo lugar, com 13 pontos.

Vamos então às notas da partida:

Figura

Samu Aghehowa assistiu e marcou no regresso do FC Porto aos triunfos, pelo que acabou por ser a figura central do encontro. Embora não tenha feito das suas melhores exibições, o avançado espanhol contribuiu com o que mais conta no resultado final (os números) e, para além daqueles quatro minutos supersónicos, ainda deu trabalho aos defesas dos gansos em vários momentos do encontro.

Surpresa

Fábio Vieira voltou ao onze inicial montado por Vítor Bruno e não desiludiu. Já depois de ter feito o gosto ao pé assim que entrou no jogo na Bélgica, diante do Anderlecht (2-2), o médio português revelou ser letal nos momentos de transição da sua equipa e ainda foi o responsável por desbloquear ao nulo (51'), acabando depois por deixar o relvado com algumas queixas, para dar lugar ao 'desaparecido' Vasco Sousa.

Desilusão

Cassiano já mostrou que tem capacidade para fazer a 'vida negra' aos seus adversários, mas o jogo no Dragão esteve longe de ser exemplo disso. Muito 'macio' na hora de chegar à baliza contrária, o avançado brasileiro não teve um único remate em todo o jogo, perdeu alguns duelos e falhou ainda vários passes, não sendo de admirar que tenha sido retirado por João Pereira aos 65 minutos.

Treinadores

Vítor Bruno procedeu a apenas uma alteração em relação ao último onze, com a troca de Alan Varela por Fábio Vieira, tendo revelado ter a paciência e a virtude necessárias para 'ferir' o adversário. Apesar do nulo ao intervalo, o técnico aniversariante não fez mexidas e viu a equipa corresponder num ápice, no arranque do segundo tempo, fazendo apenas quatro alterações nos últimos 15 minutos.

João Pereira fez quatro ajustes em relação ao último encontro e viu a sua equipa entrar com vontade de atacar a baliza adversária, mas foi sol de pouca dura, face à supremacia dos azuis e brancos. As mexidas no segundo tempo não demoraram muito a surtir efeito, pelo que ainda houve espaço para a criação de perigo junto à baliza de Diogo Costa na reta final.

Árbitro

Hélder Malheiro fez uma arbitragem segura, sem casos polémicos (apesar dos protestos dos dragões no fecho do primeiro tempo), sendo que apenas mostrou o primeiro cartão amarelos aos 87 minutos, ao recém-entrado Gonçalo Borges. A partir daí, o 'cerco apertou' e o árbitro de 44 anos ainda mostrou mais duas cartolinas da mesma cor a jogadores do FC Porto.

Leia Também: Este dragão já não 'Pia', cospe fogo. FC Porto aproxima-se do Sporting

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