Análise: "Para ganhar confiança que tinha, não, mas ajuda muito. O mais importante eram os três pontos e sair desta fase negativa de derrotas. Voltámos a entrar bem no jogo e a marcar, tivemos muitas oportunidades de golo, fomos para o intervalo em que o resultado podia estar mais avolumado para o nosso lado. Sofremos um golo, voltámos a reagir. Voltámos a sofrer, reagimos, e os jogadores fizeram um trabalho fantástico, jogando de três em três dias, com cansaço, como se notou. Sem nunca desistirem, tenho de lhes tirar o chapéu."
Jogo instável: "A mim, a vitória convence-me. Pela atitude dos jogadores e por tudo o que fizeram. Não acho que tenha sido um jogo assim tão dividido. Se formos ver a posse de bola e as oportunidades… É verdade que o Boavista no primeiro remate consegue fazer golo, mas o Sporting dominou o jogo. Menos nos últimos minutos, os jogadores querem muito mas as pernas começam a pesar. É importante conseguir recuperar os jogadores."
Sporting a baixar de ritmo após sofrer golo? "Não concordo. Depois do primeiro golo tivemos mais oportunidades de aumentar o marcador. Não foi por aí que diminuímos o ritmo. Depois da vantagem temos de ter um maior controlo do jogo e não podemos quebrar. O Boavista quer explorar muito as transições e eu disse aos jogadores que tínhamos de ter mais calma, cabeça. Hoje era para jogar mais por fora do que por dentro. Tivemos muitas oportunidades, um bom futebol, a empolgar os adeptos... acontece uma perda de bola e dá em golo. Não pode acontecer, temos de trabalhar nisso."
Falta de consistência no jogo do Sporting: "Não há. Temos cometido alguns erros. Mas o adversário chegava ao empate e depois à vitória. Hoje fomos nós que conseguimos voltar à frente do marcador. Mais um passo que a nossa equipa deu. Sofremos o empate e voltamos novamente a liderar. Passo a passo, jogo a jogo, trabalhando arduamente vamos ganhando confiança."
Disse que hoje era para jogar mais por fora do que por dentro. É para continuar nos próximos jogos? "Depende sempre da tática que o adversário usa contra nós. Se calhar se o Boavista hoje jogasse com uma linha de cinco, teríamos de tentar por outra maneira. Identificámos este espaço que podíamos explorar e os jogadores perceberam perfeitamente o que era para fazer."
Abel Ferreira ou Sérgio Conceição como potencial sucessor: "Não fico nada incomodado. É normal falarem. Já tinha dito, quando uma equipa que ganhava sempre deixa de ganhar, é normal haver contestação, é normal haver críticas. Tenho de me manter focado no meu trabalho, os jogadores têm de se manter focados no seu trabalho e é assim que vamos dar a volta."
Cinco golos sofridos em três jogos: "Não notei intranquilidade dos adeptos, notei apoio do início ao fim. E juntos torna tudo mais fácil. O Boavista quantas vezes atacou? Acontece. Não pode acontecer, uma equipa que dominou como nós não pode sofrer dois golos nas duas únicas vezes que o Boavista criou perigo."
Leia Também: Sporting dá 'pontapé' na crise e João Pereira já ganha no campeonato