O FC Porto subiu do terceiro lugar para a liderança provisória da I Liga, este sábado, ao 'vingar-se' do Moreirense (0-3), praticamente um mês após ter saído de Moreira de Cónegos debaixo de uma tremenda contestação por culpa da eliminação na Taça de Portugal. E o abre-latas foi Rodrigo Mora.
Focados em evitar esse filme conturbado, os dragões entraram eficazes e foi Samu Aghehowa o responsável por abrir o ativo (16'), ao beneficiar do primeiro 'baile' de Rodrigo Mora, na hora da assistência, naquela que foi a sua estreia como titular de dragão ao peito. E o resto? Veio depois.
Face a uma boa entrada dos cónegos no segundo tempo, a equipa de Vítor Bruno acabou por 'faturar' no momento mais oportuno possível para carimbar a conquista dos três pontos, com a insistência do avançado de 17 anos a traduzir-se no segundo golo, aos 66 minutos.
A partida não acabou, ainda assim, sem antes o recém-entrado André Franco estrear-se a marcar na presente época, aproveitando um passe de Samu para sentenciar qualquer dúvida que pudesse existir, ao minuto 88.
Desta forma, a equipa de Vítor Bruno dorme pelo menos uma noite na liderança, com 37 pontos, mais um do que o campeão Sporting e mais dois por comparação ao Benfica, sendo que ambos os rivais ainda vão entrar em campo esta jornada. Já o Moreirense partilha a sétima posição com o Casa Pia, com 20 pontos.
Vamos então às notas da partida.
Figura
Sem grande margem para dúvidas, Rodrigo Mora assumiu-se como o melhor jogador e o mais decisivo nos 83 minutos em que esteve em campo. Combativo nos duelos, seguro nas movimentações e letal junto à grande área adversária (com um golo e uma assistência), o avançado de 17 anos não podia ter pedido melhor estreia como titular, prometendo dar boas 'dores de cabeça' a Vítor Bruno. A 'dica' está dada.
Surpresa
Otávio Ataíde passou por um mau momento, é verdade, mas os indicadores de vitalidade parecem estar todos lá. O defesa brasileiro tirou o 'pão da boca' a vários adversários e, apesar de ter errado alguns passes, revelou ser uma das unidades mais esclarecedoras dentro das quatro linhas, contribuindo para mais um jogo sem sofrer golos por parte de Diogo Costa.
Desilusão
Dinis Pinto não fez uma exibição desastrosa, mas acumulou vários erros, sobretudo ao nível das perdas de posse de bola. O lateral-direito deixou à tona algumas debilidades e foi incapaz de dar a projeção ofensiva que a equipa precisava para reagir à desvantagem azul e branca, tendo sido substituído por Dinis Pinto apenas aos 81 minutos.
Treinadores
César Peixoto terá tentado manter a sua equipa a jogar ao nível que já havia demonstrado frente aos ditos 'grandes', porém, desta vez, ficou mais longe do êxito. Após ter permitido que fosse o FC Porto a marcar primeiro novamente, o Moreirense não reuniu os argumentos de outrora e, apesar de uma boa entrada no segundo tempo, nem as mexidas a partir do banco 'baralharam' o seu adversário.
Vítor Bruno não podia ter sido mais feliz quando decidiu trocar Danny Namaso por Rodrigo Mora, face ao último onze apresentado, 'colhendo os frutos' dessa escolha naquele que foi um triunfo sólido da sua equipa. Pragmático a preparar o jogo, o técnico de 42 anos soube também escolher os momentos certos para mexer na equipa e a forma como festejou o terceiro golo parecia dizer tudo.
Árbitro
Fábio Veríssimo não teve uma noite fácil e, apesar de não ter tido propriamente influência no desfecho, terá errado para os dois lados. Primeiro ao não marcar uma grande penalidade reclamada por Pepê para lá da meia hora de jogo e depois ao não expulsar Nehuén Pérez numa entrada perigosa, sendo que, nesse capítulo, também o VAR - onde estava Vasco Santos - falhou.
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