Sir Jim Ratcliffe não tem olhado a meios para cortar despesas desde que se tornou coproprietário do Manchester United. O empresário britânico tomou, nos últimos dias, nova decisão que está a gerar polémica junto de antigos jogadores dos red devils.
Segundo as informações do jornal The Sun, Ratcliffe utilizou de novo a sua 'tesoura' e terá decidido cortar o apoio a uma instituição de caridade que ajuda antigos jogadores do emblema de Old Trafford com baixos rendimentos. A decisão não foi colhida com sorrisos pelos adeptos.
De acordo com a mesma fonte, o clube pagava de forma trimestral 40 mil libras (cerca de 48 mil euros) à Associação de Antigos jogadores, criada em 1985, que já ajudou nomes como o antigo capitão Bryan Robson, Denis Irwin e David May.
A associação viu não serem pagos dois pagamentos trimestrais de forma seguida e decidiu enviar uma carta o clube quando duas tranches de 10 mil libras não chegaram. Foi aí que ficou a saber que o apoio tinha sido cortado.
Jim Elms, ex-jogador dos red devils, falou ao jornal The Sun sobre esta situação e afirmou que esta decisão é "ridícula".
"Enviámos uma carta a dizer que não tínhamos sido pagos. Ninguém nos veio dizer nada e tivemos de enviar outra carta. Foi quando começámos a ouvir coisas que diziam que ia ser o nosso fim", contou Elms. O antigo jogador reuniu-se com Omar Berrada, diretor executivo do Manchester United, antes do Natal, e ficou com a impressão de que o apoio não voltará a ser retomado. "Não parece pensar em nós como uma necessidade", frisou.
"Depois de um verão em que o United gastou 101 milhões de libras líquidas e continua a pagar salários incrivelmente elevados, as poupanças resultantes deste último corte são uma gota de água no oceano e um pontapé nos dentes para muitos dos antigos grandes jogadores do clube, que não recebiam os excessos que os futebolistas de hoje recebem", disse, por outro lado, Dan Coombs, conhecido adepto do Manchester United.
Certo é que os cortes têm sido palavra de ordem desde que Sir Jim Ratcliffe chegou ao Man. United. Mais de 250 empregados foram despedidos e Sir Alex Ferguson foi 'despedido' do papel de embaixador. O dono da INEOS foi ainda mais longe e cancelou a festa de Natal, acabando ainda com o transporte bilhetes gratuitos para a final da Taça de Inglaterra para os funcionários do clube.
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