Segundo o técnico, os tempos atribulados que se vivem em Guimarães, na sequência da eliminação da Taça de Portugal às mãos do Elvas (2-1) e entrada de Luís Freire para o comando da equipa, em detrimento de Daniel Sousa, que fez apenas três jogos no cargo, poderão estimular os vitorianos.
"A verdade é que essa turbulência tem sempre de ser vista por diversos prismas. Por um lado, as trocas de treinadores afetam sempre a dinâmica do jogo, as ideias e o que é pedido aos jogadores. Por outro lado, tem também o fator mental, que, pelo menos nas primeiras semanas, acaba sempre por mexer alguma coisa e há uma reação natural dos jogadores. [...] Acaba sempre por limpar um pouco o que estava mais pesado e criar aquele efeito a que chamam de 'chicotada psicológica'", alertou, na conferência de imprensa de antevisão à deslocação de sábado.
Para contrariar essas eventuais dificuldades, frente a um conjunto que, apesar do sexto lugar, não conseguiu vencer nenhuma das últimas cinco partidas para o campeonato, Vasco Seabra deixou bem clara a exigência que incute nos seus jogadores.
"Temos de entrar logo desde o primeiro segundo com essa força e agressividade. Temos de procurar ser muito estáveis defensivamente e ter a capacidade para depois ter bola e criar frisson no último terço", reforçou.
Com o Arouca em situação delicada na luta pela manutenção, no 16.º posto, a vitória frente ao Boavista (3-1) e o interregno de encontros que lhe seguiu, permitiu, segundo o treinador dos 'lobos', incrementar os níveis de confiança e coesão para a segunda volta que agora se inicia, na qual considera o Arouca "obrigado a fazer mais pontos do que na primeira para cumprir os objetivos".
"Sentimos o grupo mais confiante, mais estável, com e sem bola. O Dylan Nandín já trabalhou connosco nestas duas semanas, o que já acrescentou também uma competitividade diferente, assim como o regresso de lesão do Henrique Araújo. Pudemos ter estas duas semanas de pausa sentindo que viemos de quatro jogos em que fizemos sete pontos e enque conseguimos também marcar mais golos. É importante para nós", garantiu.
Vasco Seabra também abordou os dois reforços uruguaios que o emblema da Serra da Freita já garantiu neste defeso, Dylan Nandín e Brian Mansilla, garantindo que, pelo menos, o primeiro, já a treinar desde os primeiros dias do ano, está pronto a ir a jogo.
"O Dylan é um jogador muito móvel, que tem capacidade para, em termos defensivos, pressionar. É um jogador capaz, porque também tem uma dimensão grande dimensão física, é agressivo e forte. Tem muita capacidade para explorar a profundidade, procurar espaços dentro e fora da área para buscar o golo. [...] O Brian é um jogador de corredor, de pé esquerdo, forte no 'um contra um', imprevisível e que pode jogar dos dois lados", explicou.
Nino Galovic e Pedro Moreira são os únicos indisponíveis por lesão, do lado arouquense.
O Arouca, 16.º classificado da I Liga, com 15 pontos, desloca-se ao Estádio D. Afonso Henriques para defrontar o Vitória de Guimarães, sexto, com 25, a partir das 20:30 de sábado, em partida da 18.ª jornada, a primeira da segunda volta, sob arbitragem de Miguel Nogueira, da associação de Lisboa.
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