Ainda com o jogo da primeira volta (derrota por 2-0) em mente, o Benfica 'vingou-se' do Famalicão, esta sexta-feira, com uma goleada 'sem espinhas', por 4-0, em que o maior protagonista foi Leandro Barreiro, com um inédito hattrick, a provocar uma 'pressão' adicional sobre o líder Sporting.
Costuma-se dizer que o Luxemburgo é feito de luxo. Talvez por aí se explique que o médio luxemburguês tenha sido o responsável por abrir o ativo (11'), após passe de Vangelis Pavlidis, seguindo-se o bis para lá da meia hora de jogo (36'), ao beneficiar de uma assistência 'açucarada' de Andreas Schjelderup.
Só que nada disto ficaria por aqui. Já com a 'Fama' de goleador, Leandro Barreiro ainda foi a tempo de rubricar um hattrick (67'), em nova combinação de sucesso com Schjelderup, até que Orkun Kokçu também quis participar na 'vingança' e fechou com selo de goleada, aos 80 minutos.
Desta forma, os campeões de inverno - fruto da conquista da Taça da Liga no passado sábado - responderam da melhor forma às derrotas das últimas duas jornadas, 'colando-se' provisoriamente ao Sporting e ultrapassando o FC Porto, com um ponto de vantagem. Já o Famalicão continua em crise, a meio da tabela.
Vamos então às notas da partida:
Figura
Leandro Barreiro viveu, seguramente, uma das noites de maior glória em toda a sua carreira futebolística, com um inédito hattrick que dificilmente irá esquecer. Numa exibição altamente eficaz, o médio luxemburguês abriu o ativo bem cedo , cumpriu o sonho do bis ainda antes do intervalo e tratou de assinar o 3-0 a meio do segundo tempo. Melhor parecia ser impossível.
Surpresa
Andreas Schjelderup tem figurado como uma das grandes surpresas da época do Benfica e, esta sexta-feira, voltou a 'espalhar' magia dentro das quatro linhas, ao ponto de se destacar com duas assistências dignas de registo para os segundo e terceiro golos de Leandro Barreiro. Os recentes golos apontados na Taça da Liga e na Taça de Portugal não foram esquecidos pelo público aquando da sua substituição ao minuto 80.
Desilusão
Gil Dias não foi propriamente feliz no regresso à Luz, de tal forma que terminou o jogo sem qualquer investida perigosa junto da baliza de Anatoliy Trubin. Para além disso, o avançado do conjunto minhoto falhou alguns passes e perdeu grande parte dos duelos, ficando muito longo do nível apresentado em jogos anteriores. Não foi, por isso, de admirar a sua substituição por Sejk aos 63 minutos.
Treinadores
Bruno Lage operou uma mão cheia de mexidas em relação ao onze frente ao Farense (1-3), desde a baliza à frente de ataque, acabando por acertar ao manter Leandro Barreiro no miolo, sobretudo por tudo aquilo que isso representou na chegada à baliza adversária. As substituições aconteceram já com o jogo resolvido (3-0 no marcador) e permitiram que jogadores como Bajrami e João Rêgo somassem minutos.
Hugo Oliveira continua com dificuldades evidentes desde a chegada ao Famalicão, sem vencer ao fim de cinco jogos, tendo vacilado na abordagem ao encontro na Luz, nem que seja só pelo facto de ter visto a sua equipa terminar o encontro sem um único remate à baliza de Trubin. Para além disso, as substituições no segundo tempo pouco ou nada acrescentaram ao jogo.
Árbitro
João Gonçalves teve uma arbitragem segura e competente, impondo o seu critério disciplinar desde bem cedo, com três cartões amarelos mostrados a jogadores do Benfica no primeiro tempo... e nenhum na segunda parte. O lance de maior 'sururu' aconteceu quando, no fecho do terceiro minuto de compensação concedido antes do intervalo, impediu Pavlidis de fechar uma jogada de golo iminente.
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