"Hoje é o dia da FPF. Existindo eleições na LPFP, como já disse, irei até ao fim, irei candidatar-me. Mas, como disse, hoje é um dia importante para o futebol português, para a FPF, um dia em que todos devemos reconhecer a coragem dos dois candidatos à presidência da FPF", afirmou Reinaldo Teixeira, na Cidade do Futebol, em Oeiras.

Em caso de triunfo no escrutíno de hoje, o atual presidente da LPFP, o antigo árbitro Pedro Proença, deve deixar o cargo que exerce desde 2015 até segunda-feira, véspera da cerimónia de posse dos órgãos sociais da FPF.

Sem se escusar às perguntas dos jornalistas, antes de votar nas eleições para a sucessão de Fernando Gomes, o dirigente algarvio, licenciado em gestão e angariação imobiliária, de 60 anos, assumiu-se otimista na eleição de Pedro Proença.

"Em seu devido tempo, a AFA decidiu apoiar a candidatura de Pedro Proença e, naturalmente, esperamos que ganhe. Mas quero dar os parabéns ao Dr. Fernando Gomes pelo excelente trabalho, que termina um mandato de 12 anos, nesta grande casa, que é um ícone do futebol português, esperando que, quem vier, faça igual ou, se possível, melhor", referiu.

O coordenador dos delegados e avaliadores da LPFP, e também cônsul honorário do Brasil no Algarve, felicitou os candidatos à presidência da FPF, Pedro Proença e Nuno Lobo, pela "coragem de concorrer à casa-mãe do futebol em Portugal".

Face a uma eventual vitória de Nuno Lobo, que liderou a Associação de Futebol de Lisboa nos últimos 13 anos, Reinaldo Teixeira disse saber o que faria caso estivesse na 'pele' de Pedro Proença e deixaria a LPFP.

"Se fosse presidente da LPFP, sabia o que faria. No meu caso, na AFA, se concorrer, ganhe ou perca, não voltarei à AFA neste ato eleitoral. Já informei os colegas de direção e os clubes filiados, esta decisão que tem a ver com princípios, mas cada um decide como achar que deve decidir", rematou.

O sufrágio para a eleição do 32.º presidente da FPF decorre desde as 13:00 e até às 19:00, na Cidade do Futebol, em Oeiras.

A sucessão de Fernando Gomes, que preside à FPF desde 17 dezembro de 2011, para um mandato até 2028, é votada por 84 delegados, 29 dos quais por inerência, que incluem os 22 líderes das associações regionais e distritais, assim como os da LPFP e das estruturas representativas de treinadores, árbitros, futebolistas, dirigentes, enfermeiros e massagistas e médicos.

Além destes, a AG eleitoral contempla mais 55 delegados: 20 representantes dos clubes das competições profissionais, oito das provas não profissionais, sete das distritais, cinco dos jogadores profissionais, cinco dos amadores, cinco dos técnicos e cinco dos árbitros.