"Foi com a consciência de que poderia fortalecer o futebol português que, em outubro de 2024, decidi abraçar o maior desafio da minha vida: a candidatura à presidência da FPF", começou por escrever o candidato derrotado às eleições para a sucessão de Fernando Gomes.
Após a divulgação dos resultados do ato eleitoral, e da eleição de Pedro Proença, ainda presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), o cessante líder da Associação de Futebol de Lisboa (AFL) reagiu, por escrito, ao resultado eleitoral, no qual somou 21 votos (25%), contra 62 (75%) do antigo árbitro, num sufrágio em que se contou ainda um voto em branco.
"Parabenizo Pedro Proença pela vitória e desejo-lhe todo o sucesso. O futebol português precisa de união, e estou certo de que todos devemos contribuir para o seu crescimento e sustentabilidade. Da minha parte, podem contar, como sempre contaram, com a minha dedicação para continuar a desenvolver este desporto que move tanta paixão", prosseguiu Nuno Lobo.
O advogado natural de Viseu, de 47 anos, manifestou o seu orgulho pelo percurso hoje concluído.
"Terminamos esta jornada com a cabeça erguida, conscientes de que tudo fizemos para lutar por uma FPF forte, unida e transparente", vincou Nuno Lobo.
O candidato derrotado recordou ter construído, com "sentido de responsabilidade e compromisso", um projeto "ancorado na proximidade e num programa reformista", com "medidas concretas, resultantes de meses de partilha e conhecimento com quem compõe o vasto ecossistema do futebol em Portugal".
"Para isso, reuni uma equipa com profissionais de referência, conhecidos pela excelência desportiva e operacional, empenhada no desenvolvimento do futebol português. Percorremos o país, continental e insular, apostados em desafiar o sistema instalado e valorizando o futebol regional, a base do futebol nacional", realçou.
Depois de se ter proposto a dar continuidade ao legado de Fernando Gomes, que liderou a FPF desde 2011, durante três mandatos, e quebrar com o 'sistema' do futebol nacional, Lobo lamentou a derrota, assegurando respeitar o resultado eleitoral.
"Sempre dissemos que esta era uma luta pela verdade e pela transparência, sem estar amarrada a quaisquer interesses que não os da verdadeira essência do futebol. Infelizmente, não foi suficiente para conquistarmos a vitória. Respeitamos a decisão com todo o espírito democrático que norteou a nossa candidatura. Obrigado a quem me apoiou, em especial aos que, comigo, abraçaram este desafio. Viva a Federação Portuguesa de Futebol! Viva o Futebol. Viva Portugal", concluiu.