Pedro Proença recolheu 62 votos entre os 84 delegados que votaram na Assembleia Geral eleitoral do organismo que rege o futebol nacional, contra 21 de Nuno Lobo, que presidiu nos últimos 13 anos à Associação de Futebol de Lisboa, tendo havido também um voto em branco.
Para a MAG e Conselho Fiscal, os resultados foram idênticos à direção, com Luís Álvaro Campos Ferreira a liderar o primeiro órgão, que conta ainda com o socialista e também antigo governante João Paulo Rebelo, e o segundo ficará sob a tutela de Ana Raquel Sismeiro.
No Conselho de Arbitragem, presidido por Luciano Gonçalves, líder da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), a lista de Proença recebeu 55 votos (67%), contra 27 (33%) da lista de Nuno Lobo, tendo havido um voto nulo e outro em branco.
Já no Conselho de Justiça, a cargo de Luís Verde de Sousa, a lista foi declarada vencedora com 61 votos, face aos 22 da concorrente e um voto em branco, ao passo que, no Conselho de Disciplina, que vai ser presidido por Sandra Oliveira e Silva, a secção profissional recebeu 61 votos, contra os 23 de Lobo e um em branco, e a não profissional obteve 60, deixando 'fugir' mais um voto para a lista adversária.
"O processo eleitoral correu com toda a normalidade, transparência e elevação. Não houve ataques pessoais, mas sim uma defesa de ideias e projetos, onde a elevação e o futebol saíram a ganhar com a forma como as candidaturas se apresentaram e fizeram campanha. Conclui-se hoje um ciclo e muito me apraz registar que termine desta maneira. De forma clara e inequívoca, os delegados votaram livremente e conscientemente", afirmou o presidente da MAG, José Luís Arnaut, antes do anúncio dos resultados.
O antigo árbitro, de 54 anos, formado em gestão, deverá renunciar ao cargo de presidente da LPFP, para o qual foi eleito pela primeira vez em 2014 e cumpria o terceiro mandato até 2027, até segunda-feira, véspera da cerimónia de posse dos novos órgãos sociais da FPF.
Acompanham Proença no 'elenco' diretivo José Fontelas Gomes, presidente do Conselho de Arbitragem nos últimos dois mandatos de Gomes, os até aqui líderes das associações de classe Joaquim Evangelista, dos jogadores, os ex-futebolistas Toni, Domingos Paciência e Daniel Carriço, juntamente com Sofia Teles e Pedro Xavier, das associações de Porto e Beja, e Júlio Vieira, que presidiu à associação de Leiria e integrava o elenco de Gomes, assim como Sandra Costa Parente, que lidera a empresa Liga Centralização.