O Sporting voltou a não conseguir arrecadar um desfecho positivo na I Liga. Com a informação de que o Benfica tinha vencido, na tarde de sábado, o Santa Clara, os leões sabiam que estavam proibidos de perder pontos com o Arouca, sob pena de verem o rival mais perto. Mas não foi isso que aconteceu.
Pela segunda jornada seguida, houve perda de pontos. Os campeões nacionais empataram na receção ao Arouca (2-2), depois de ter empatado com o FC Porto na jornada anterior, mas no Estádio do Dragão. É o terceiro jogo seguido sem vencer dos verde e brancos, que a meio da semana perderam em casa com o Dortmund.
Aconteceu de tudo ao Sporting neste duelo, menos a tão ansiada vitória. Existiram erros de palmatória que deram num autogolo, lesões e uma expulsão que gerou polémica. Foi uma noite de horrores em Alvalade, em que os campeões nacionais evitaram males maiores. É que o Arouca podia muito bem ter vencido em Alvalade.
Um erro crasso de Rui Silva surpreendeu tudo e tudo, mas St. Juste também tem culpas no cartório neste lance. Harder deixou leão vivo, mas um penálti à beira do intervalo levou o Arouca a sorrir para o intervalo. A eletricidade de Harder fez-se sentir no segundo tempo e o dinamarquês serviu Trincão para o golo do empate.
A reta final foi de muitos calafrios de parte a parte. Jason de um lado, Harder e Gyokeres do outro, fizeram tremer os corações dos respetivos adeptos. O jogo não voltou a ter mexidas no resultado. A vantagem no topo da tabela fica mais curta, mas o Sporting continua a depender de si para ser campeão. O Benfica está agora a dois pontos de distância e há dérbi eterno na penúltima jornada.
Mas vamos às notas desta partida:
Figura
Conrad Harder foi a face mais evidente da luta do Sporting para que a vitória pudesse sorrir aos verde e brancos. Entrou em campo praticamente sem ter aquecido e respondeu de pronto com um golo com o pior pé (o direito). Na segunda parte serviu Trincão para o empate e esteve a um passo de um golo de antologia com o calcanhar.
Surpresa
É caso para dizer que Chico Lamba se mostrou em grande forma contra quem bem o conhece. Ainda na época passada jogava na equipa B dos leões e, esta noite, foi um autêntico muro. Tapou quase sempre os caminhos para a sua baliza, sendo uma 'carraça' para Gyokeres, mas também Trincão e Harder.
Desilusão
O capitão não deu o exemplo. Foi mesmo uma noite para esquecer de Morten Hjulmand, ele que costuma ser quase sempre uma das figuras em destaque nos verde e brancos. Dois lances, dois amarelos, uma expulsão. Deixou a equipa com menos um jogador quando mais precisavam.
Treinadores
Rui Borges
Pior entrada era impossível. Muitos nervos no arranque, um autogolo, duas lesões e uma ânsia de procurar pela igualdade. O empate chegou e com ele um Sporting que muito quis saltar para a frente do marcador. Houve novo contratempo com um golo de penálti e toda uma segunda parte para tentar alcançar a vitória. Houve expulsão e nova igualdade. O colapso físico na reta final podia ter dado num presente mais envenenado.
Vasco Seabra
Exibição personalizada dos arouquenses, que desde cedo mostraram que vieram a Alvalade para conquistar pontos. Sem medo do adversário, o Arouca esteve perto de sair com uma vitória de Alvalade. Bem a defender, foram sempre procurando os contra-ataques para tentar ferir o Sporting.
Arbitragem
Miguel Nogueira beneficiou do VAR para assinalar o penálti a favor do Arouca, não cometendo erros relevantes nos restantes lances. Esteve bem na expulsão de Hjulmand.
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