No resumo do documento enviado, a que a Lusa teve acesso, o dirigente destacou os feitos alcançados pelas seleções portuguesas, as organizações das competições, mas também os números e as contas da sua liderança, desde 17 de dezembro de 2011.
Com o título absoluto do Euro2016 como coroa de glória, Fernando Gomes destaca ainda a conquista da Liga das Nações de 2019, mas também os títulos mundiais de futebol de praia, em 2015 e 2019, e de futsal, em 2021, aos quais juntou os Europeus na modalidade, em 2018 e 2022.
Constam ainda do palmarés nacional, os títulos europeus de futebol em sub-17, em 2016, e sub-19, em 2018, ambos sob o comando de Hélio Sousa, mas também as conquistas no futsal, da Finalíssima, em 2022, e do Europeu de sub-19 em 2023.
O espanhol Roberto Martínez foi apenas o seu terceiro selecionador principal de futebol, sucedendo a Fernando Santos e a Paulo Bento, numa 'nota' comum de persistência nos quadros técnicos, como são os exemplos de longevidade de Rui Jorge, nos sub-21, Jorge Braz, no futsal, Mário Narciso, no futebol de praia, e, ainda, Francisco Neto, no feminino.
A organização de três finais da Liga dos Campeões, em 2013/14, 2019/20 e 2020/21, a primeira das quais juntamente com o encontro decisivo da 'Champions' feminina, que vai voltar a Portugal, mais concretamente ao Estádio José Alvalade, em Lisboa, ainda esta época, e da edição de 2019 da Liga das Nações são destaques, mas todos aquém da conquista da organização do Mundial2030, juntamente com Espanha e Marrocos.
O crescimento dos números é uma constante, na comparação apresentada neste retrato dos três mandatos de Fernando Gomes na FPF.
As competições de futebol passaram de 441, em 2011/12, para 676, na época passada, numa lógica repetida no futsal, de 334 para 504, e no futebol de praia, de uma para 36, às quais se juntam, em 2023/24, 21 de walking football.
O número de praticantes também aumentou de 155.327 na época inaugural, para 238.686 em 2023/24 - e de 6.193 para 19.066 do sexo feminino - registando ainda praticamente o dobro do número de treinadores, de 6.560 para 13.158, e um pouco menos quanto aos árbitros, de 4.139 para 6.666.
Também o número de jogos sob a égide da FPF passou a ser de 10.732, um número que compara com os 7.416 da sua primeira época na liderança do organismo.
O economista, de 72 anos, realça ainda o crescimento dos rendimentos da FPF, que foi de 122,4 milhões de euros (ME) em 2023/24, substancialmente mais do que os 35,3 ME da sua primeira época, contando com maior faturação de patrocínios (passou de 15,1 para 22,5) e direitos de transmissão (de 3,4 para 16,4).
Se nessa altura, as despesas foram também de 35,3 ME, os gastos também aumentaram na mesma proporção, para 119,2 ME na época passada.
Do seu legado, Fernando Gomes destaca ainda a criação de competições como a Liga Revelação e a Liga feminina, em 2018/19, e da Liga 3, em 2021/22, mas também o lançamento do canal televisivo 11, a criação da Portugal Football School e as inaugurações, em 31 de março de 2016, da Cidade do Futebol, em Oeiras, agora atualizada com a Arena Portugal, dedicada ao futsal, em 27 de novembro do ano passado.
Este vai ser o palco da despedida, na terça-feira, às 12:00, data da posse de Proença, como sucessor de Gomes, que foi eleito presidente da FPF pela primeira vez em 10 de dezembro de 2011 e empossado sete dias depois.