Depois de muitas críticas no início da temporada, os adeptos do Benfica não terão, por esta altura, razões de queixa de Vangelis Pavlidis. O grego parece, finalmente, justificar os 18 milhões de euros pagos pelo clube da Luz ao AZ Alkmaar no último verão, ao ponto de ser, neste momento, um dos elementos em plano de destaque nos eleitos de Bruno Lage.
O treinador setubalense parece ter ativado o clique que faltava ao helénico e Pavlidis brindou os adeptos com 10 golos nos últimos nove jogos, o mais recente dos quais na receção de sábado ao Boavista. Apesar de até ter começado no banco, o avançado grego marcou dois minutos depois de ser lançado e chegou ao 17.º remate certeiro esta temporada, reforçando o estatuto de melhor marcador da equipa.
Costuma-se dizer que um ponta de lança vive só de golos, mas o internacional grego, de 26 anos, parece querer contrariar esse chavão. Desde o início de 2025, Pavlidis leva cinco assistências e dez golos. Números que o destacam de qualquer outro companheiro de equipa.
"Toda a gente fala do ketchup [de golos], mas quero é continuar a ganhar e a marcar”, afirmou Pavlidis, em declarações na flash interview da Sport TV, depois de marcar na vitória do Benfica em casa do AS Monaco. Certo é que fez mais dois golos depois de ter descontado na ida ao Principado.
Barcelona 'desbloqueou' goleador grego rumo à história
A chave para esta ‘nova vida’ de Pavlidis aconteceu em pleno Estádio da Luz. O Benfica perdeu com o Barcelona, mas o grego marcou o hattrick aos catalães na maior montra para qualquer futebolista. De lá para cá, o camisola 14 encarnado tem desatado a marcar golos. Quatro jogos consecutivos a marcar na Liga dos Campeões, dez golos e três assistências em oito partidas, uma imagem completamente diferente que o coloca na história.
Depois do golo na passada terça-feira ante o AS Monaco, jogo no qual contou ainda com uma assistência para Akturkoglu, o internacional helénico chegou ao sétimo golo na Liga dos Campeões, entrando assim no top 5 dos melhores marcadores dos encarnados neste formato da prova, onde já estavam Cardozo (11), João Mário, Rafa (nove cada) e Nuno Gomes (sete).
Além disso, Pavlidis tornou-se ainda no primeiro jogador desde 1992 a marcar tantos golos pelo clube encarnado na Liga milionária. Este registo de sete remates certeiros na prova milionária ainda poderá crescer. José Águas, com 11 golos em 1960/61, continua a ser o recordista dos encarnados, mas José Torres e Eusébio estão a dois tiros de distância.
A influência do camisola 14 dos encarnados é cada vez mais visível e isso nota-se na empatia que criou com os adeptos. Pavlidis, que tem contrato com os encarnados até 2029 e uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros, leva 17 golos marcados em toda esta época, mais três do que o extremo argentino Ángel Di María.
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