André Villas-Boas dedicou o editorial que assina na mais recente edição da revista Dragões a Jorge Nuno Pinto da Costa, seu antecessor na presidência do FC Porto, que morreu, no passado mês de fevereiro, aos 87 anos.
Sob o título "Este é o editorial que nenhum de nós desejaria escrever", o líder máximo do clube invocou "milhares de memórias de azul e branco vividas intensamente, desde o berço, à adolescência, à vida em adulto e agora na eternidade", para enaltecer a importância que este assumiu.
"O que agora revisitamos em memória traz consigo a nostalgia e saudade de algo vivido poderosa e intensamente, graças a um homem que dedicou a sua vida a transformar sonhos em realidades. De um clube do Porto ao Futebol Clube do Porto, um dos maiores clubes do mundo, o clube português com maior número de títulos, o clube português com maior número de títulos internacionais no futebol", escreveu.
"A consciência da sua presença era, para nós, portistas, a garantia de que alguém estava sempre a olhar por algo que consideramos sagrado: o nosso FC Porto. Todos, de todas as idades e independentemente do local onde estivermos, temos a noção absoluta da sua importância, da sua dimensão intemporal, de como amou este clube, de como lhe entregou a sua vida, de como o pensou, de como nos mobilizou para lutar e ganhar em qualquer campo", prosseguiu.
"Ele era e será sempre o portismo, aquele que reconhecemos hoje e reconheceremos no futuro, encarnando os valores do FC Porto que pulsam no nosso coração e nos tornam únicos e especiais. Ao seu lado estará o forte e incomparável legado que nos deixa, mas que nos continuará a alimentar, e que temos a obrigação de partilhar com as gerações futuras de portistas, renovando, a cada dia que passa, a nossa vontade de ganhar", completou.
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