Benfica precisa de inédito triunfo em Barcelona para evitar eliminação

O Benfica precisa de reescrever a história e vencer terça-feira no estádio do FC Barcelona para se apurar para os quartos de final da Liga dos Campeões de futebol, uma missão quase impossível na segunda mão dos 'oitavos'.

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Lusa
09/03/2025 11:55 ‧ há 8 horas por Lusa

Desporto

Liga dos Campeões

Depois da derrota por 1-0 sofrida na quarta-feira, no Estádio da Luz, desaproveitando a vantagem de ter jogado em superioridade numérica desde o meio da primeira parte, os 'encarnados' obrigaram-se a fazer algo que nunca conseguiram: ganhar no reduto dos catalães.

 

As quatro visitas anteriores a Camp Nou saldaram-se por duas derrotas benfiquistas e dois empates (precisamente, as últimas) e nem o facto de o jogo se disputar desta vez em Montjuïc, devido às obras do famoso estádio do Barcelona, reduz a extrema dificuldade da tarefa benfiquista.

O cenário poderia ser muito mais favorável se a equipa treinada por Bruno Lage não tivesse esbanjado inúmeras oportunidades no encontro da primeira mão, durante a qual jogou desde os 22 minutos com mais um jogador, devido à expulsão de Cubarsí, por falta sobre Pavlidis, que se isolava perante Szczesny.

O guarda-redes que o 'Barça' retirou da reforma, em resposta a lesão grave do titularíssimo Ter Stegen, foi um dos responsáveis pelo sucesso da equipa espanhola em Lisboa, em conjunto com Pedri e Raphinha, autor do único golo da partida, aos 61 minutos, aproveitando um erro de António Silva.

Já o avançado grego falhou a proeza de marcar em dois jogos seguidos aos 'blaugrana', depois ter concretizado um 'hat-trick' em janeiro, na derrota caseira do Benfica na nova fase de liga, por inusual 5-4 (apesar de ter estado a ganhar por 3-1 e 4-2), em que Raphinha e Lewandowski bisaram.

O triunfo ajudou o Barcelona a terminar no segundo lugar e os avançados, segundos melhores marcadores da 'Champions', ambos com nove golos (menos um do que Guirassy, do Borussia Dortmund), voltarão a formar um temível trio ofensivo com o prodígio Lamine Yamal, ainda que o treinador alemão Hansi Flick esteja privado de Cubarsí.

Do lado do Benfica, 16.º classificado na primeira fase e que, por isso, teve de superar o Mónaco no play-off de acesso aos oitavos de final (1-0, fora, e 3-3, em casa), Carreras também está suspenso, enquanto Di María está em dúvida, devido a lesão, e Bruma não foi inscrito na prova.

As 'águias' venceram no sábado por 3-0 na receção ao Nacional e igualaram no comando da I Liga o Sporting (que apenas joga hoje, mas ficará, simultaneamente, com mais um jogo realizado), ao passo que o jogo do Barcelona, líder do campeonato espanhol, com o Osasuna, foi adiado devido à morte do médico do clube catalão.

Com um saldo negativo nas 11 partidas anteriores (cinco derrotas, quatro empates e duas vitórias), a equipa lisboeta não desdenharia o desfecho do primeiro confronto -- e o mais o significativo -, a final da Taça dos Campeões Europeus de 1960/61, em que se impôs por 3-2.

O Benfica, que esta temporada até obteve melhores resultados na liga milionária como visitante, com quatro triunfos e uma derrota, revalidou o título na época seguinte, mas, desde então, já foi claramente ultrapassado pelo 'Barça', campeão em 1992, 2006, 2009, 2011 e 2015.

Se prosseguir a caminhada na mais importante competição europeia de clubes, o Benfica terá pela frente o vencedor do embate entre Borussia Dortmund e Lille, no qual os alemães estão com dificuldade em confirmar o favoritismo frente à equipa do português André Gomes, tendo empatado 1-1 em casa, na primeira mão.

Liverpool, primeiro colocado na fase de liga, defende a magra vantagem (1-0) obtida no terreno do Paris Saint-Germain, num dos jogos de maior cartaz, que vai opor o português Diogo Jota, nos ingleses, aos compatriotas Nuno Mendes, João Neves, Vitinha e Gonçalo Ramos, nos franceses.

O Real Madrid, recordista destacado de títulos, com 15 troféus conquistados, poderá necessitar da fortuna que o costuma acompanhar nesta competição na visita ao rival Atlético de Madrid, uma vez que o triunfo por 2-1 alcançado na primeira mão parece deixar muito em aberto.

Depois da goleada por 7-1 no estádio do PSV Eindhoven, a única dúvida do Arsenal antes da receção aos neerlandeses será qual o clube da capital espanhola que vai encontrar nos quartos de final, mais ou menos como sucede com o Bayern Munique, dos portugueses Raphaël Guerreiro e Palhinha, na visita ao Bayer Leverkusen, após o triunfo por 3-0 em casa.

O Inter de Milão parece bem posicionado para agendar o duelo com os bávaros, depois de ter vendido por 2-0 na deslocação ao estádio do Feyenoord (outra equipa dos Países Baixos em dificuldades), enquanto o Aston Villa também parece lançado para os 'quartos', na sequência da vitória por 3-1 no reduto do Club Brugge.

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