A iminente transferência de Franco Cervi para o Sporting ‘caiu’ após complicações com o Rosario Central. Raúl Broglia, presidente do clube argentino, na altura revelou na altura que tal se deveu, em parte, devido aos ‘leões’ terem “por exemplo, um grupo de investidores de um país a que não estamos habituados”.
O jornal Record publica, hoje, documentos que ajudam a deslindar os contornos que impossibilitaram a transferência de Cervi para Alvalade. Segundo documentos a que a publicação teve acesso, o Recreativo Caála, clube angolano presidido pelo empresário António Mosquito, esteve no centro da recusa do Rosario Central em ceder o jogador aos ‘leões’.
Esta engenharia financeira, que possibilitou, de resto, a transferência de Bruno Paulista para Alvalade, visava colocar o clube angolano como um entreposto entre os dois clubes. Como se pode ler no documento relativo à transferência do brasileiro, o Sporting responsabiliza-se por todos os custos inerentes à cedência e, sendo ativada a cláusula de compra, “as partes adotarão as providências necessárias a viabilizar a regular transferência do atleta para o Caála”, que, por sua vez, emprestaria “temporariamente ao Sporting SAD por período não inferior a 30 de junho de 2016”.
Contatado pelo jornal Record, uma fonte oficial do Sporting garante que este tipo de negócio resulta de “relações normais com um parceiro formal, devidamente documentadas no relatório e contas. É um modelo de financiamento também utilizado pelo Benfica, quando contratou o Samaris. E os jogadores tanto podem ser colocados no Sporting como em qualquer outro clube”.
Como é possível verificar, ainda, no documento, o Sporting pagou 550 mil euros ao Bahia pelo ano em que Bruno Paulista estará emprestado, sendo que o jogador irá receber dez mil euros por cada dez partidas efetuadas a titular, desde que cumpra, pelo menos, 55 minutos.