"No FC Porto o ar estava a tornar-se irrespirável, até no balneário"

A troca de treinadores no FC Porto continua a dar que falar e, em declarações ao Jogo, Daúto Faquirá admite que o clima no clube nortenho estava muito mau.

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Sérgio Abrantes
27/01/2016 18:09 ‧ 27/01/2016 por Sérgio Abrantes

Desporto

Daúto Faquirá

O FC Porto viveu nas últimas semanas um turbilhão de emoções. Depois de vários resultados desportivos desapontantes, Pinto da Costa decidiu demitir Julen Lopetegui. Dias depois, após terem sido lançados para imprensa vários nomes de possíveis sucessores. A chegada de José Peseiro, confirmada a passada semana, pôs fim às dúvidas.

Daúto Faquirá, em declarações ao jornal O Jogo, considerou que a mudança de treinador era necessária e, por isso, já se sentia o clima de chicotada no Dragão.

"A mudança de treinador no FC Porto não ocorreu apenas devido aos resultados. Havia motivos mais fortes, apesar das manifestações de insatisfação quanto aos resultados que, no entanto, no meu entender, poderiam ser ultrapassáveis. Mas o ar estava a tornar-se irrespirável, até no próprio balneário, e a situação com Lopetegui tornou-se insustentável", defendeu o treinador.

Depois desta afirmação, Faquirá defende que, apesar da chegada de um novo treinador, será necessário recuperar animicamente o plantel, até porque recuperar de uma desvantagem de cinco pontos é complicado, sobretudo atendendo à fase do campeonato.

"Agora começa um novo ciclo e Peseiro tem meio ano para recuperar cinco pontos de desvantagem em relação ao primeiro lugar, que é o primeiro objetivo do clube, ainda que a Liga Europa ou a Taça de Portugal também interessem, mesmo noutro patamar, mais inferior. E Peseiro também tem que recuperar animicamente o plantel, o que não se altera de um dia para o outro", assinala.

"O cunho pessoal virá depois com o trabalho diário. No treino haverá dinâmicas diferentes e isso poderá depois repercutir-se positivamente. Mas o 4-2-3-1 com que a equipa se apresentou contra o Marítimo revela já alterações, como também as houve nas dinâmicas e nos ritmos. Viu-se a equipa a defender de forma diferente e também um futebol mais vertical. Já se notou um estilo menos rendilhado e com menos canais de ligação entre as peças. E isso tem a ver com a perspetiva de jogo que José Peseiro pretende cimentar", justifcou.  

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