Leicester campeão? "O Boavista fez o mesmo em 2001"

Afonso Figueiredo, em entrevista ao Desporto ao Minuto, avaliou a sua época no Bessa e abordou a lesão que o obrigou a jogar condicionado durante grande parte da temporada.

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Ruben Valente
08/05/2016 11:00 ‧ 08/05/2016 por Ruben Valente

Desporto

Afonso Figueiredo

Afonso Figueiredo foi uma das peças fundamentais no Boavista esta temporada. O Desporto ao Minuto foi falar com o jovem lateral português que, entre vários assuntos, revelou que jogou grande parte da temporada com dores devido a uma lesão. O futebolista de 23 anos só se submeteu a uma intervenção cirúrgica depois de garantir a manutenção.

Em conversa, o jogador comparou ainda o caso do Leicester ao Boavista da temporada 2000/01 e deu o seu palpite sobre o clube que irá vencer o título este ano.

O Boavista já tem a manutenção assegurada. Como classificas esta época?

Foi uma boa época. Tivemos algumas dificuldades que não esperávamos. Esperávamos fazer uma época mais tranquila em relação à época passada, mas acabou por ser igual em termos de dificuldades. Mas, em termos gerais, foi positivo, porque ficar na I Liga é sempre positivo.

Achas que o Boavista poderá chegar novamente a combater com os 'grandes', como aconteceu quando chegaram ao título?

Penso que sim, se existirem bons investimentos. O clube precisa de voltar a ganhar a força que tinha. Mas mais importante é mesmo a parte financeira, porque, de resto, o clube tem tudo equiparado aos grandes: os adeptos… o estádio… é apenas essa questão financeira que é necessária para o clube voltar a ser o que era.

Pegando no exemplo do Leicester, uma equipa que, com poucos recursos em relação aos outros, fez muito, o que acreditas ser preciso para uma equipa atingir o sucesso da formação inglesa?

Tal como o Leicester, o Boavista também o conseguiu em 2001, sendo uma equipa supostamente mais pequena. Acho que, na altura, como este ano o Leicester, o Boavista tinha um grande grupo e o trabalho era imenso. De resto, só estando lá para descrever melhor. Vendo de fora, o Leicester é um grupo fortíssimo e isso via-se dentro de campo. Ás vezes um grupo mais forte consegue vencer uma equipa cheia de estrelas.

Foste operado recentemente a uma hérnia. É verdade que já jogavas com dores há algum tempo?

Eu comecei a sentir dores nesta zona no final da época passada. Entretanto, fui de férias e voltei na pré-temporada. Depois, no início da época, fui totalista e cumpri 10 jogos e voltei a sentir dores e tive de parar nessa altura. No início pensou-se que seria uma pubalgia, mas, realizando exames, mais tarde, viu-se que tinha uma hérnia. Fui obrigado a parar, mas os resultados da equipa não estavam a ser os mais favoráveis e decidi voltar a jogar. Falei com o meu treinador e disse que queria jogar se o míster assim o entendesse, pelo menos até a manutenção estar garantida. Pensei mais no Boavista do que em mim, porque sabia que era importante e, felizmente, conseguimos dar a volta à situação. Mas não foi fácil, porque já não sabia o que era jogar e treinar sem dores.

A luta pelo título está bastante intensa, numa altura em que faltam duas jornadas para o final. Quem achas que tem mais hipóteses de se sagrar campeão?

Estes dois jogos vão definir tudo. Há muito tempo que não tínhamos um campeonato assim, o que é bom, porque desta forma a Liga fica muito competitiva. Mas acho que este jogo contra o Marítimo vai ser o maior teste para o Benfica, porque sempre disse que o jogo mais difícil que o Benfica teria seria no Bessa, e acabou mesmo por ser. Mas, neste momento, acho que será difícil o Benfica não ser campeão.

Integraste a última convocatória do selecionador Rui Jorge. Acreditas que vais fazer parte dos eleitos para representar Portugal nos Jogos Olímpicos?

É um dos meus objetivos esta época. Seria um sonho realizado. No entanto, estou a tentar não pensar muito nisso. Gostava muito e ficaria muito feliz se isso acontecesse. Caso contrário, continuarei também a estar feliz, porque para mim foi um orgulho ter representado Portugal.

Que ambição pode ter Portugal nesta competição e no caso de seres convocado, achas que vais estar a 100% e na tua melhor forma?

Acho que temos uma geração de jovens jogadores fantástica. Portugal está muito bem servido nestas gerações, nomeadamente na minha e na de 94. Acho que, pela qualidade que eu vi na seleção, Portugal tem tudo para ir longe e até mesmo ganhar. Em relação a mim… fiz as coisas [recuperar da lesão] de maneira a que, se fosse chamado, ter tempo para me preparar. Tenho quase dois meses para me preparar e talvez até chegue melhor que os meus colegas. 

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