Jorge Costa foi um dos míticos capitães do FC Porto. Representou durante 13 anos o clube azul e branco e as memórias são muitas. Entre elas, está o papel de vários treinadores na sua vasta carreira de futebolista. Mas António Oliveira tem algo especial...
"Bebi muito de todos os treinadores e tive sucesso com vários treinadores, sistemas e metodologias de treino. O António Oliveira era um caso especial. Gosto muito dele. Ele tinha a capacidade de mexer connosco com a mística, a guerra... Com Robson era o jogo pelo jogo. Corremos, rematamos e ganhamos. Com Oliveira era mais a vertente psicológica, mais emocional. Antes dos jogos com o Benfica era bravo. Se o meu pai estivesse vestido de vermelho atropelava-o, se a minha mãe estivesse de vermelho atropelava-a. Ele tinha a capacidade de mexer connosco”, começou por referir, em entrevista ao Porto Canal.
O antigo defesa-central revelou também alguns dos elementos que foram essenciais nos dragões.
"Tive bons professores: João Pinto, Jaime Magalhães, Semedo... Um capitão sozinho não consegue nada, estive bem rodeado. Baía, Domingos, Nuno Espírito Santo, Paulinho, Capucho…", realçou, não sem antes revelar um pouco da sua relação com Jardel.
"Tinha grandes guerras durante o jogo com o Jardel. Ele calava-me sempre e dizia: 'Fala agora'. Chamava-o de tudo. Vês uma equipa toda a trabalhar e o Jardel.... Só que faz dois, três, quatro golos. Ainda bem que me calava”, admitiu.