No mercado mundial de gás a "próxima década será a década de Moçambique”, afirmou o presidente da comissão executiva da Galp Energia, Carlos Gomes da Silva, em declarações ao Financial Times. O responsável acrescentou que Moçambique está pronto para preencher uma lacuna "iminente" na oferta global de gás natural liquefeito (GNL).
A petrolífera portuguesa, recorde-se, tem uma participação de 10% no consórcio - liderado pela Eni - que está a investir no projeto de GNL Coral Sul, na denominada Área 4, em Moçambique.
"Coral coloca Moçambique no mapa, mas Mamba será a âncora", atirou Gomes da Silva, referindo-se ao mega campo onshore. “Ainda estamos a trabalhar para otimizar [o campo de Mamba] e para ver se conseguimos torná-lo ainda mais competitivo”, explicou o responsável.
No entanto, o presidente executivo da Galp está consciente de que o projeto não deve seguir os passos a outros semelhantes, como o da Austrália, de modo a que a despesa supere o orçamento previsto. "Temos de fazer Moçambique [de modo] diferente da Austrália", afirmou.
Ainda assim, o responsável da petrolífera acredita que Moçambique tem condições relativamente favoráveis em comparação com a Austrália, tendo em conta que os recursos offshore estão mais acessíveis. “Temos de ser competitivos com o [GNL do] Médio Oriente, do norte de África e dos EUA”, reiterou o repsonsável.