O crescimento económico abrandou no terceiro trimestre deste ano. De acordo com a estimativa rápida divulgada, esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), o crescimento do produto interno bruto (PIB) foi de 2,1% em termos homólogos e de 0,3% em cadeia.
Nos três meses anteriores, ou seja, no segundo trimestre, a economia portuguesa tinha registado um crescimento de 0,5% em cadeia de 2,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
As estimativas dos analistas consultados pela agência Lusa apontavam para que o crescimento da economia se mantivesse constante no terceiro trimestre. Ou seja, com variações de 0,5% e de 2,3% em cadeia e em termos homólogos, respetivamente.
Para o conjunto do ano, as previsões do Governo - divulgadas no Programa de Estabilidade 2018-2022, apresentado em abril - apontam para um crescimento de 2,3%, em linha com as estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Consumo 'travou'
Em termos homólogos, os números agora divulgados revelam que a "procura interna registou um contributo menos positivo, em resultado da desaceleração do consumo privado", refere a agência de estatísticas. Já a procura externa apresentou um contributo negativo idêntico ao observado no mês anterior.
Esta desaceleração não foi suficiente para compensar o aumento do investimento, que registou um "crescimento ligeiramente mais acentuado", adianta o INE.
Exportações penalizaram em cadeia
Se compararmos com o trimestre anterior, a desaceleração prende-se com o facto de o contributo da procura externa para a variação do PIB ter passado "de nulo a negativo, refletindo uma diminuição das exportações de bens e serviços mais intensa que a das importações de bens e serviços", pode ler-se.
Os resultados correntes das contas nacionais trimestrais do terceiro trimestre, que vão confirmar os números agora estimados, serão divulgados no dia 30 de novembro.
[Notícia atualizada com mais informação às 09h47]