FMI reduz perspetiva de crescimento do Brasil de 2,4% para 2,1% em 2019
O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou hoje uma baixa das projeções sobre o crescimento da economia brasileira em 2019, que passou de 2,4% para 2,1%.
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A projeção anterior havia sido divulgada há três meses e esta nova previsão faz parte do relatório "World Economic Perspectives", que a agência apresentou em Washington.
A redução na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve-se à desconfiança do FMI quanto equilíbrio das contas públicas.
No entanto, o FMI melhorou as perspectivas do Brasil para o próximo ano, de 2,2% para 2,5%.
"No Brasil, a principal prioridade é conter o aumento da dívida pública e, ao mesmo tempo, assegurar que os gastos sociais necessários permaneçam intactos", observaram os especialistas do FMI na análise.
O organismo multilateral considerou que o teto de gastos públicos introduzido no Brasil em 2016 representa "um passo na direção certa para facilitar a consolidação fiscal".
A organização pediu ao Governo brasileiro que faça cortes nos salários de funcionários públicos e mudanças no sistema de pagamento de pensões de modo a "impedir o aumento dos desembolsos e, ao mesmo tempo, proteger programas sociais vitais para os mais vulneráveis".
O FMI também recomendou que as autoridades brasileiras aumentem os esforços para melhorar as infraestruturas e a eficiência da intermediação financeira, para aumentar a produtividade e impulsionar as perspectivas de crescimento da economia no médio prazo.
Em novembro, a organização já havia sinalizado ao Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que é "fundamental" realizar "uma reforma fiscal ambiciosa", liderada pelas mudanças no sistema de pensões.
Bolsonaro e sua equipa apresentaram ao Parlamento brasileiro uma proposta que prevê aliviar o défice do sistema de pagamento de pensões, poupando cerca de 265 mil milhões de dólares (234,8 mil milhões de euros) em dez anos.
O relatório com as novas projeções para a economia do Brasil foi divulgado pelo FMI e o Banco Mundial (BM) num encontro que reúne os líderes económicos de 189 países.
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