Em março deste ano, o BCP tinha 7.262 trabalhadores em Portugal, mais 167 face aos 7.095 de final de 2018.
Este valor é líquido entre a entrada e a saída de trabalhadores, o que significa que nos primeiros três meses do ano entraram mais pessoas no banco do que as que saíram.
Hoje, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados do primeiro trimestre, em Lisboa, questionado sobre os seis milhões de euros que o banco gastou até março em custos de reestruturação de pessoal, o presidente executivo do BCP não quis adiantar o número de trabalhadores que saíram, considerando que são saídas "cirúrgicas" e feitas através dos modos já habituais, reformas e rescisões por mútuo acordo.
Miguel Maya adiantou que a digitalização pela qual o setor bancário está a passar não significa necessariamente a destruição de emprego, mas a "transformação de postos de trabalho", motivo pelo qual o banco está a recrutar para áreas relacionadas com essa tendência.
"O resultado global [de trabalhadores] não será muito diferente, poderá haver alguma redução, não é esse o nosso foco, o nosso foco é a melhoria da qualidade do serviço ao cliente", afirmou.
O BCP passou por um processo de reestruturação, incluindo redução de trabalhadores, nos últimos anos.
Em 2010 o banco tinha 10.146 trabalhadores em Portugal, em 2012 eram 8.982, em 2014 7.795 funcionários e 7.333 em 2016. O ano passado, eram 7.095, pelo que o aumento agora registado é o primeiro em anos.
O BCP divulgou hoje lucros de 153,8 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 79,7% face aos mesmos três meses de 2018.