Em comunicado, Mais Sindicato, Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN) e Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Banca, Seguros e Tecnologias (SBC) apontam que chegaram a um acordo de princípio na revisão parcial do AE do BdP, mas que a administração do banco central voltou a atrás e anulou uma cláusula acordada.
"Inexplicavelmente, numa clara falta de lealdade e transparência, a administração desrespeita o entendimento obtido entre as partes e altera a redação da cláusula respeitante à dispensa no dia de aniversário", acrescentam os três sindicatos.
Apesar deste revés nas suas aspirações, os sindicatos mostraram-se dispostos a viabilizar as alterações ao AE, pois trazem "novos benefícios e seria penalizador para muitos trabalhadores decidirem o contrário".
Mais, SBN e SBC disseram ter ficado surpreendidos com a posição do BdP e acusam a administração de ter agido "com total falta de transparência" e que se tratou da segunda vez consecutiva em que o Banco de Portugal agiu "com deslealdade numa negociação".
"Os sindicatos sentem-se desacreditados e põem em causa a seriedade das negociações", atiram.
A cláusula em causa diz respeito à dispensa no dia de aniversário ou no dia útil imediatamente a seguir ou noutro dia de aniversário, enquanto a atual redação consagra apenas a dispensa "no dia do aniversário".
Ainda assim, os três sindicatos admitem, após ouvirem a estrutura sindical, concordar com a revisão do acordo, por considerarem que os trabalhadores mantêm os direitos adquiridos e têm novos benefícios.
Entre os novos benefícios estão melhorias nos subsídios (aumentos de 20% nos subsídios relacionados com a parentalidade), nas condições para os empréstimos à habitação (as regras para acesso a crédito para primeira habitação foram flexibilizadas e plafond subiu para 225.000 euros) e o ajuste das contribuições do banco para os SAMS.
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