De acordo com o relatório de maio de 2019 do Acompanhamento do Mercado Portuário, da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), o movimento de carga no sistema portuário do continente português perdeu globalmente 833,7 mil toneladas, nos primeiros cinco meses de 2019.
O documento aponta a redução do volume de importações de petróleo bruto, que no período em causa sofreu uma quebra de 1,15 milhões de toneladas, e as greves, total de três dias em maio e ao trabalho extraordinário desde esse mês, no porto de Sines, como as principais razões para a descida dos valores.
O porto de Sines, que é o que mais impacto tem no desempenho global dos portos de Portugal continental, registou uma quebra de movimentação de 4%, seguido do porto de Lisboa, que teve uma variação negativa de 4,6%.
Também os portos da Figueira da Foz e de Faro registaram descidas nos movimentos de carga, de 15,6% e 43% respetivamente, embora com menos expressão em termos absolutos.
Os restantes portos (Leixões, Aveiro, Viana do Castelo e Setúbal) registaram desempenhos positivos, com destaque para Leixões e Aveiro, "que mantêm os volumes de carga mais elevados de sempre, após acréscimos respetivos de 3,1% e de 1,2% (isto é, respetivamente mais 248 e 27 mil toneladas)", acrescenta o documento.
Quanto ao volume global de carga movimenta, o porto de Sines fixou a sua quota em 49,6%, seguido de Leixões com 21,9%, Lisboa com 12,4%, Setúbal com 7,6% e Aveiro com 5,9%.
O relatório salienta ainda que a carga Ro-Ro (qualquer tipo de carga que embarque e desembarque a rolar) atingiu a melhor marca de sempre, subindo 18,9% para 793,7 mil toneladas, porém o segmento dos contentores registou uma variação global negativa de 0,9% no volume de TEU (Unidade Equivalente a 20 Pés) movimentado, o que corresponde a um decréscimo de 10,6 mil TEU, de janeiro a maio de 2019.