A Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) recomendou um reforço das reservas de combustível, por parte dos postos de abastecimento, e as empresas petrolíferas vão responder à altura, pelo menos é essa a garantia deixada pela Associação Portuguesa De Empresas Petrolíferas (Apetro).
Em declarações ao Notícias ao Minuto, João Reis, da Apetro, garantiu que estão a ser tomadas várias medidas de precaução, entre as quais um "planeamento de níveis de stock elevados", antes da greve, para evitar a escassez de combustível que se verificou em abril.
"Somos da opinião do ministro [Pedro Nuno Santos] de que os portugueses devem abastecer antes da greve", disse João Reis, alertando que este abastecimento deve ser feito "ao longo da semana, até porque quem vai de férias tem de estar preparado", apontou.
Além disso, desde que o pré-aviso de greve foi entregue já foi possível preparar uma série de iniciativas com vista a limitar o impacto da greve. A Apetro não ficou alheia e "melhorou a comunicação", por exemplo. Quer isto dizer que a Apetro passa agora a ter "em tempo real, informações sobre o produto", referiu João Reis, o que é essencial para ter controlo sobre a situação.
A ENSE recomendou, na quarta-feira, que os postos de abastecimento reforcem as reservas para evitar a escassez de combustível. "Mesmo reconhecendo as dificuldades que esta recomendação possa significar para algumas empresas (...) a ERSE recomenda a todos os postos de abastecimento situados em território nacional, o reforço dos stocks de combustível, acautelando desta forma as existências", pode ler-se num comunicado do regulador.
Para já, ainda não foram definidos os serviços mínimos que os motoristas terão de cumprir na greve, que será por tempo indeterminado. Esta tarefa ficará a cargo do Governo, depois de os sindicatos e a ANTRAM não terem chegado a um acordo.
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