A reunião entre Governo, ANTRAM e Fectrans desta terça-feira chegou ao fim e mantém-se um impasse entre patrões e sindicatos que a cada dia que passa parece tornar a greve do próximo dia 12 num cenário cada vez mais real.
À saída do Ministério das Infraestruturas, André Matias de Almeida, porta-voz da ANTRAM, fez várias críticas à postura do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas.
Começou por dizer que a "ANTRAM está sempre disponível para negociar", André Matias de Almeida, lamentou o volte-face por parte do sindicato de um dia para o outro, referindo-se ao mecanismo de mediação que o Governo propôs ao sindicato, e que, se fosse aceite pelo sindicato, podia permitir que a greve fosse desconvocada.
"Antes da ANTRAM se poder pronunciar sobre o mecanismo de mediação, o sindicato entendeu anunciar que o próprio recusa o mecanismo de mediação proposto ontem", justificando que desta forma nem valia a pena abordar este mecanismo de mediação.
A ANTRAM considera ainda que o sindicato tem uma vontade bem definida. "Perante a reunião que tivemos aqui hoje, somos levados a crer que este sindicato tem o objetivo de avançar com esta greve e demonstrar mais uma vez o seu poder para parar um país inteiro", destacou André Matias de Almeida.
A ANTRAM lamentou ainda que o sindicato não tenha uma "única contraproposta nova" nem faça "uma única cedência".
"Basta desta imagem da tentativa de lavar a cara perante um país que não está de acordo com esta greve e não a compreende, basta deste sindicato continuar a dizer que quer ceder e recusar processos de mediação e baste de continuar os representantes deste sindicato a enganar o seus trabalhadores", atirou o porta-voz da ANTRAM.
André Matias de Almeida acusou ainda o sindicato de manter uma "postura de deslealdade perante o Governo de Portugal".
[Notícia atualizada às 14h22]