"O que nós fizemos foi identificar todos os postos que vão funcionar com um sistema de REPA [Rede de Emergência de Postos de Abastecimento] e REPA SOS [para veículos prioritários], para o caso desta paralisação dos motoristas de mercadorias e matérias perigosas", disse à Lusa António Antunes, da Waze.
A informação estará disponível em https://janaodaparaabastecer.vost.pt/, e também dentro da aplicação Waze.
"Assim torna-se mais fácil para que os utilizadores, no seu dia-a-dia, encontrem mais facilmente os postos que estão disponíveis para fazer a venda de combustível caso a paralisação dos motoristas avance", considerou o responsável.
O 'site' vai também indicar se ainda estará disponível combustível em cada posto da rede de emergência.
"Iremos depois indicar se esses postos de combustível, caso isso chegue a um extremo, têm ou não têm combustível, ou se já esgotaram o combustível. Isso é uma informação que é importante, as pessoas escusam de fazer fila ou deslocarem-se para um posto que já está fechado", disse.
António Antunes assegura que desta forma é possível "coordenar melhor a deslocação das pessoas na cidade e quem está fora da cidade, nos outros locais do país".
O Governo decretou na quarta-feira serviços mínimos entre 50% e 100% para a greve dos motoristas de mercadorias que se inicia na segunda-feira, por tempo indeterminado.
Os serviços mínimos serão de 100% para abastecimento destinado à REPA - Rede de Emergência de Postos de Abastecimento, portos, aeroportos e aeródromos que sirvam de base a serviços prioritários, bem como para abastecimento de combustíveis para instalações militares, serviços de proteção civil, bombeiros e forças de segurança.
Para abastecimento de combustíveis destinados a abastecimento dos transportes públicos foram decretados serviços mínimos de 75% e nos postos de abastecimento para clientes finais os serviços mínimos são de 50%.
Também na quarta-feira o Governo decretou, preventivamente, estado de emergência energética, no âmbito do pré-aviso de greve, permitindo a constituição da REPA, com 54 postos prioritários e 320 postos de acesso público.
A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que acusam a associação patronal Antram de não querer cumprir o acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.