ANTRAM pede que sindicatos dêem "passo atrás em greve que é desajustada"

Advogado e porta-voz da ANTRAM diz que um pouco "de humildade" nunca "ficou mal a ninguém".

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Andrea Pinto
08/08/2019 10:19 ‧ 08/08/2019 por Andrea Pinto

Economia

ANTRAM

André Matias de Almeida, advogado e porta-voz da ANTRAM, afirmou hoje que a greve dos motoristas de que tanto se tem falado nos últimos dias é um "processo negocial que foi rompido pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) sem qualquer justificação".

O advogado defende que a situação a que se chegou está "muito longe de ser uma vitória para os patrões" e que a paralisação "terá um impacto muito maior para os portugueses do que para as empresas do setor".

"O impacto para os portugueses será muito grande apesar dos serviços mínimos", alertou, relembrando que os maiores afetados serão os portugueses.

Por este motivo, salientou por diversas vezes que "nunca ficou mal a ninguém dar um passo atrás".

"A humildade de um sindicato de reconhecer um erro e dar um passo atrás, não o coloca na mesa de negociações de forma diminuída em relação à ANTRAM. Não é assim que a ANTRAM se comporta. A desconvocação da greve, o voltar à mesa das negociações, coloca este sindicato em pé de igualdade com os outros sindicatos. Isto não é uma guerra para ver quem ganha ou quem perde", afirmou, referindo que neste momento existem apenas três derrotados nesta 'luta': o país, as empresas e os trabalhadores que, desta forma, não irão receber os aumentos salariais previstos para 2020.

André Matias de Almeida reconhece ainda que "estes trabalhadores merecem melhores condições de trabalho", mas lembra que "estas empresas estão no limite das suas capacidades e a partir do momento em que há esta pressão - esta espada em cima da cabeça-  [...] aquilo que as empresas farão, sujeitas a um contrato de trabalho, seria imediatamente repercutir esses custos nos seus clientes e esses clientes vão repercutir esses custos no consumidor final".

Relativamente aos serviços mínimos decretados pelo Governo, bem como o estado de emergência energética, o advogado enalteceu "a atitude responsável" do Governo, considerando que seria irresponsável não ter estas preocupações após o exemplo das repercussões que a greve de abril teve no país.

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