Sindicato "goza de um prazer imenso ao ver o caos", acusa ANTRAM

A ANTRAM respondeu esta noite às declarações de Pardal Henriques, representante sindical de motoristas de matérias perigosas.

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Pedro Filipe Pina
08/08/2019 21:37 ‧ 08/08/2019 por Pedro Filipe Pina

Economia

ANTRAM

Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), falou ao país ao início da noite desta quinta-feira, culpando o Governo e a ANTRAM pela 'corrida' aos combustíveis que já se faz sentir, em antecipação da greve marcada para a próxima segunda-feira.

André Matias de Almeida, porta-voz da Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), devolveu as culpas ao sindicalista em declarações à antena da TVI24. "O representante deste sindicato [SNMMP] provou mais uma vez ao país que só sabe negociar e conversar com uma espada na cabeça da contraparte. Não é assim que se negoceia e se chega ao bom-porto", atirou.

André Matias de Almeida criticou em particular as declarações de Pardal Henriques ao início desta noite, coincidente com a abertura dos telejornais.

"Esta declaração feita ao país, em horário nobre, prova que Pardal Henriques tem uma agenda própria por detrás daquilo que são as motivações legítimas de um sindicato. Está em campanha eleitoral, é candidato a deputado e portanto não consegue conversar com o Governo e a ANTRAM", acusou.

"Não foi a ANTRAM que rompeu as negociações, não é a ANTRAM que vai fazer greve ou que assinou um protocolo e o ocultou aos seus associados e agora nao o quer cumprir. Nós estamos a falar do maior aumento de sempre desde o 25 de Abril em contrato coletivo de trabalho. O que é que este sindicato quer mais? Estes empregadores estão no seu limite. Não têm capacidade para mais. A FECTRANS é o maior sindicato [do setor], está longe de fazer qualquer tipo de frete a empregadores, e negoceia a bom porto com a ANTRAM para chegarmos a um acordo histórico". 

Já "este sindicato", prossegue, "goza de um prazer imenso ao ver o caos que hoje o país encontrou mais uma vez. É uma greve aos portugueses, como temos dito".

André Matias de Almeida vai mais longe e diz que não há "nenhuma cedência" nas contrapropostas. E mais: "este prazo é uma farsa, não existe prazo nenhum, não houve contrapropostas apresentadas ao Governo. Aquilo que nos foi transmitido era exatamente o que este sindicato vinha dizendo ao longo do tempo e é por isso que não o tornou público quando saiu da reunião com o Governo".

"Este sindicato vai ter de explicar muito bem ao país os transtornos que anda a causar, os motivos por detrás desta greve, a agenda política de Pardal Henriques", que André Matias de Almeida acusa ainda de "revelar um desconhecimento atroz da lei e do que é o funcionamento legal dos serviços mínimos".

Esta quinta-feira ficou marcada por algumas filas maiores do que o normal e ruturas de stock em alguns postos de abastecimento. O Executivo decretou serviços mínimos entre 50 a 100%, tendo declarado estado de emergência energética.

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