Greve: Já há quase 500 postos sem combustível

Terminado o fim de semana e iniciada a greve, é hora de fazer um ponto de situação.

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Patrícia Martins Carvalho
12/08/2019 12:35 ‧ 12/08/2019 por Patrícia Martins Carvalho

Economia

Greve de motoristas

Os últimos dois dias da semana passada foram particularmente movimentados nos postos de combustível nacionais. Uma larga percentagem da população optou por atestar os depósitos dos carros (e não só) antes que chegasse o fim de semana, com receio de que pudesse já não haver combustíveis, o que originou longas filas de espera e até troca de agressões físicas.

Terminado o fim de semana e iniciada a greve, é hora de fazer um ponto de situação.

De acordo com o site Já Não Dá Para Abastecer, pelas 12h30 desta segunda-feira, de um total de 2.928 postos de combustível, 475 (16,1%) não tinham nem gasóleo, nem gasolina para vender e 474 (16%) apenas tinham em “parte”.

Por outras palavras, a greve dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias conta neste momento com 67,8% dos postos operacionais.

O site, explica a agência Lusa, foi criado em conjunto pelo Waze e pela rede Vost Portugal (Voluntários Digitais Em Situações de Emergência) para criar um site especial, onde é possível consultar os locais onde há - ou já não há - gasolina ou gasóleo.

Os consumidores podem colaborar na partilha de informação, através de um questionário onde informam quais os postos que encerraram por falta de combustível.

Os motoristas cumprem hoje o primeiro dia de uma greve marcada por tempo indeterminado e com o objetivo de reivindicar junto da associação patronal Antram o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), tendo-se também associado à paralisação o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).

O Governo decretou serviços mínimos entre 50% e 100% e declarou crise energética, que implica "medidas excecionais" para minimizar os efeitos da paralisação e garantir o abastecimento de serviços essenciais como forças de segurança e emergência médica.

Neste âmbito, o primeiro-ministro, António Costa, desloca-se hoje pelas 09:30 à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e assiste ao briefing operacional para avaliar o desenrolar dos acontecimentos.

 

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