"Não podemos, infelizmente, reunir com a espada na cabeça, não podemos negociar dessa forma (...), negociamos de uma forma franca e presencial como estamos aqui hoje, mas não sob ameaça de greve", afirmou Pedro Polónio, um dos vice-presidentes da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram).
Pedro Polónio falava aos jornalistas no Ministério das Infraestruturas, em Lisboa, depois de uma reunião com a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), afeta à CGTP, na qual foi assinado um acordo relativo ao contrato coletivo de trabalho.
O porta-voz do SNMMP, Pedro Pardal Henriques, tinha desafiado hoje a Antram para uma reunião na quinta-feira, às 15:00, na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), em Lisboa.
"Queria lançar aqui um desafio público ao dr. André Almeida [porta-voz da associação], à Antram, para que amanhã [15 de agosto], às 15:00, possa estar na DGERT para falar connosco", disse Pardal Henriques, em declarações aos jornalistas, em Aveiras de Cima, distrito de Lisboa.
O porta-voz do SNMMP desafiou, assim, os responsáveis da Antram a sentarem-se à mesa das negociações, para encontrar uma proposta que agrade a ambas as partes para fazer terminar a greve.
"Cabe à Antram dar um passo atrás para evitar o caos em Portugal. A tendência é piorar", afirmou Pardal Henriques.
Para o porta-voz do SNMMP, se não houver entendimento, a responsabilidade do que poderá acontecer no futuro cabe ao Governo e à Antram.
"A responsabilidade do que virá daqui para a frente cabe única e exclusivamente à Antram, ao Governo e ao dr. André Almeida, que tem proferido expressões lamentáveis contra estes motoristas", frisou.