O estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) defende que a confiança pública reforçada nos negócios e finanças é essencial para incentivar o investimento produtivo e o comércio que contribuem para o crescimento económico inclusivo e sustentável.
A crise financeira global de 2008 marcou um ponto de viragem na maneira como os governos consideram o papel e a importância da confiança na formulação de políticas, afirma o estudo da OCDE, adiantando que as respostas políticas à crise - sem precedentes em extensão e custos - tinham o objetivo subjacente, de restaurar a confiança no setor financeiro e na comunidade empresarial em geral.
"Os governos tiveram grande sucesso em combater uma depressão global em larga escala, mas mais de uma década depois, os negócios ainda não recuperaram completamente a confiança perdida na crise", afirma a organização, sublinhando que "hoje, uma série de importantes tendências sociais, financeiras e económicas colocaram a confiança nos negócios e nas finanças mais uma vez na frente dos líderes políticos e empresariais".
O estudo da OCDE com o título 'Business and Financial Outlook 2019' explora os riscos potenciais que podem corroer a confiança no setor financeiro no futuro, nomeadamente a emissão abundante de dívida soberana, de empresas e bancária, que apoiou o crescimento pós-crise, mas aumentou a preocupação com os riscos potenciais de excesso de dívida à medida que o ciclo de crédito amadurece.
O Outlook inclui considerações concretas para adotar em cinco áreas, designadamente mercados financeiros, instituições financeiras - como bancos e fundos de pensões -, confiança nas empresas para obedecer à lei, condições equitativas, com foco na crescente importância das empresas estatais e nos riscos de conduta associados e mercados 'online'.