Petróleo dispara com ataque na Arábia Saudita. Trump já libertou reservas

O preço do barril Brent valorizou 20%, o maior aumento percentual desde a invasão do Kuwait, em 1990. A Arábia Saudita e os EUA já deram ordens para que fossem libertadas as reservas, de modo a conter a valorização da matéria-prima e, por consequência, dos preços dos combustíveis.

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Beatriz Vasconcelos
16/09/2019 08:22 ‧ 16/09/2019 por Beatriz Vasconcelos

Economia

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Os preços do petróleo estão em forte alta, esta segunda-feira, no seguimento de um ataque com drones à maior empresa petrolífera da Arábia Saudita, obrigando este país, o maior exportador mundial de petróleo, a reduzir temporariamente a produção para metade.

Há pouco, o preço do barril Brent valorizava 8,5% para 65,33 dólares, mas chegou a subir 20% para 71 dólares por barril, aquele que foi o maior aumento em cerca de três décadas, de acordo com o Financial Times.

Esta evolução está relacionada com as notícias de que a produção de petróleo vai ficar bem abaixo da capacidade máxima ao longo das próximas semanas, de acordo com o mesmo jornal, o que faz o preço aumentar - é a lei da oferta e da procura.

Isto porque um ataque com drones, reivindicado pelos rebeldes iemenitas Huthis, provocou incêndios em duas instalações petrolíferas da gigante saudita Aramco em Abqaiq e Khurais na Arábia Saudita.

O Governo iraquiano refutou qualquer ligação ao ataque às petrolíferas, após órgãos de comunicação social norte-americanos terem colocado a hipótese de os drones terem sido disparados do Iraque, apesar das reivindicações dos rebeldes iemenitas.

Trump dá ordem para libertar reservas

À semelhança da Arábia Saúdita, que decidiu libertar as reservas de petróleo, o presidente dos EUA, Donald Trump, já anunciou que deu ordem para que fossem libertadas as reservas do país, de modo a conter a escalada da matéria-prima

A decisão foi anunciada por Trump na rede social Twitter, numa publicação onde o presidente dos EUA refere que já deu ordem para que as "reservas estratégicas" possam ser utilizadas "se necessário" e por uma "quantidade a determinar". 

O problema neste momento é também a incerteza, o sentimento que os mercados menos gostam. Investidores e analistas consultados pelo Financial Times disseram que mesmo que a Arábia Saudita restaure a produção mais rapidamente do que o esperado, os receios de novos ataques podem destabilizar os mercados globais de energia

Estes ataques podem incluir, por exemplo, uma retaliação da Arábia Saudita ou dos EUA contra o Irão.

Esta valorização súbita dos preços do petróleo acontece também num momento delicado para a economia global, uma vez que estão cada vez mais evidentes os receios de uma desaceleração - e os preços da energia mais elevados não ajudam.  

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