O crescimento da produção nos três primeiros meses do ano foi explicado pelo braço para as energias renováveis da EDP com a "maior capacidade instalada e recursos renováveis acima da média de longo prazo", de acordo com os dados operacionais previsionais para o primeiro trimestre divulgados hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Nos últimos 12 meses, as adições de capacidade brutas foram de 3,4 GW, com uma contribuição significativa da Europa e da América do Norte (83%), dos quais 72% de capacidade solar, detalha a empresa liderada por Miguel Stilwell d'Andrade.
Do total de 10,9 terawatt-hora (TWh) produzidos nos três primeiros meses do ano, a Europa e a América do Norte representaram, respetivamente, 29% e 59% de peso na geração total. A América do Sul pesou 9% e a Ásia Pacífico 3%.
No mercado norte-americano, a produção aumentou 20% face ao período homólogo, impulsionada por novas adições e pela recuperação, face ao primeiro trimestre do ano passado, das condições de vento. A produção eólica continua a ser a principal fonte de produção da EDP Renováveis, contribuindo com 82% da geração total.
Pelo contrário, na Europa, a produção diminuiu 12% face ao período homólogo, "condicionada por recursos eólicos abaixo da média e pelo impacto líquido das adições de capacidade e das transações de rotação de ativos dos últimos 12 meses", detalha a EDP Renováveis.
No ano passado, a empresa concluiu transações de rotação de ativos de capacidade eólica e solar no Velho Continente, dos quais 0,2 GW em Itália, em junho, e 0,2 GW na Polónia, em setembro.
Em 2025, a execução de transações de rotação de ativos será maioritariamente concentrada na segunda metade do ano, incluindo as duas transações recentemente anunciadas em Espanha e nos EUA, com fecho previsto para antes do verão.
Já na América do Sul, no primeiro trimestre do ano, a produção aumentou 56% à boleia da melhoria dos recursos renováveis e pelas adições de capacidade eólica e solar no Brasil.
Por fim, a produção na Ásia Pacífico aumentou 2% em termos homólogos, na sequência das adições de capacidade solar, representando 3% da produção total da empresa.
Em março de 2025, a capacidade em construção era de 2,4 GW (+0,4 GW desde dezembro de 2024), suportando a expectativa de adições de capacidade de cerca de 2 GW em 2025, que se encontram a evoluir positivamente e em linha com o esperado, e incluindo também alguma capacidade a instalar em 2026.
A capacidade em construção por tecnologia inclui "1,0 GW de solar, maioritariamente concentrado nos EUA, 0,7 GW de eólico onshore, com uma maior concentração na Europa, 0,3 GW de baterias, com maior foco nos EUA, e 0,3 GW de eólico offshore, associado aos projetos da OW [joint-venture da EDP Renováveis e da francesa Engie] em França".
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