Este 'think tank' estimou que o endividamento do Reino Unido poderia subir em 100.000 milhões de libras (111.800 milhões de euros), o que situaria a dívida total do país para o equivalente a 90% do Produto Interno Bruto (PIB) pela primeira vez desde meados dos passados anos sessenta.
O Reino Unido -- com uma dívida equivalente a cerca de 85,30% do PIB -- tem previsto sair da União Europeia (UE) no próximo 31 de outubro e o primeiro-ministro, Boris Johnson, está determinado a cumprir com aquele calendário mesmo que não alcance um acordo com o bloco europeu.
O diretor do IFS, Paul Johnson, sublinhou que há um "extraordinário nível de incerteza" e a economia e as finanças públicas do país enfrentam "riscos" perante o Brexit.
O IFS diz que um Brexit sem acordo pode situar em "zero" o crescimento económico, incluindo com uma resposta orçamental e monetária "substancial" por parte do Governo e do Banco de Inglaterra.
O 'think tank' adianta que um acréscimo do gasto público em 2020 pode ser seguido de uma queda económica, já que o Governo terá que fazer frente "às consequências de uma economia mais pequena e um maior endividamento".
Johnson sublinhou que é "crucial" que um programa de gastos do governo seja "temporal".
Os especialistas afirmaram que a economia britânica sofreu uma contração de cerca de 60.000 milhões de libras (67.080 milhões de euros) desde que o país votou a favor de sair da UE no referendo realizado em junho de 2016.