"Bom, eu sabia que havia de haver um dia em que o Conselho de Finanças Públicas havia de ser mais otimista que o Governo", disse o primeiro-ministro à imprensa após um encontro em Lisboa com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
António Costa respondia a uma pergunta sobre as previsões hoje avançadas pelo CFP -- que apontam para que já este ano Portugal deixe de ter défice para atingir um excedente orçamental de 0,1% e para um crescimento de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB).
"Esperemos que [esse] otimismo [...] se possa confirmar. Para já, mantemos as nossas previsões, que, como sempre, são conservadoras, [...] de alcançar um défice de 0,2 e as metas de crescimento que tínhamos fixado no plano de estabilidade", afirmou.
O primeiro-ministro foi ainda questionado sobre o processo de formação de governo, na sequência das eleições de domingo e dos contactos que manteve nos últimos dias, tendo respondido que considera ter todas as condições para iniciar funções à frente de um executivo para quatro anos.
"A avaliação que faço dos contactos que mantive [...] é que o Governo tem todas as condições para iniciar funções, apresentar o seu programa na Assembleia da República e poder governar com horizonte de estabilidade ao longo da legislatura", disse.