Transportes é dos setores "com mais influência no preço dos imóveis"

Os transportes têm impacto no preço das casas, mas são também um setor onde as políticas públicas podem intervir e atenuar a subida dos preços, considerou hoje o vice-presidente da Reserva Federal do Banco de Dallas.

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Lusa
25/10/2019 19:59 ‧ 25/10/2019 por Lusa

Economia

Transportes

"A política de transportes é um tema do setor imobiliário", referiu Jonh V. Duca, em Lisboa, acrescentando que o setor público tem aqui um papel que pode desempenhar ao nível dos preços.

Professor de Economia no Oberlin College e vice-presidente da Fed de Dallas -- um dos 12 bancos regionais do Sistema da Reserva Federal (Fed) -- e um dos oradores convidados do seminário "Novas tendências de investimento internacional em imóveis residenciais na Europa", Jonh V. Duca considerou ainda que, em relação ao mercado português, a criação do regime fiscal do Residente Não Habitual, a revisão da lei das rendas e os vistos 'gold' foram os fatores que mais terão contribuído para impulsionar o mercado.

A conjugação destes três fatores fez com que o preço das casas em Portugal tivesse registado nestes últimos anos uma subida mais acentuada do que a verificada na média da zona euro.

Dados divulgados hoje pelo Confidencial Imobiliário mostram que o preço de venda das casas em Portugal Continental continuou a subir no terceiro trimestre deste ano, ainda que tenha registado um ligeiro abrandamento.

No trimestre terminado em setembro, a subida homóloga foi de 14,7%, quando no 2.º trimestre a subida homóloga dos preços se tinha fixado em 14,8%.

Em termos trimestrais, no final de setembro assiste-se também a uma "perda de intensidade" na subida do preço de venda das casas.

No terceiro trimestre registou-se um aumento de 3,2%, sete décimas abaixo dos 3,9% registados no 2.º trimestre.

Philip Wedge-Bernal, da JLL, acentuou, por seu lado, a subida do investimento imobiliário na Europa, precisando que esta tem sido acompanhada por um acréscimo de investimento vindo de outras partes do mundo.

Dentro do mercado europeu, o residencial (nas versões de residencial para seniores e para estudantes, arrendamento e habitação) tem despertado cada vez maior interesse junto dos investidores, sendo já o segundo mercado mais relevante.

A tendência é para continuar a crescer tendo em conta as projeções demográficas e a cada vez maior procura de universidades estrangeiras por parte dos estudantes, disse ainda Philip Wedge-Bernal, durante o seminário organizado pelo ISEG- Lisbon School of Economics & Management, que decorreu hoje.

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